O governo federal deu mais um passo relevante para amenizar os efeitos da estiagem que castiga o semiárido brasileiro e é considerada a seca mais agressiva dos últimos 60 anos. A presidenta Dilma Rousseff assinou nesta terça-feira (10) termos de compromisso com 336 municípios para universalizar o acesso e o uso de água para populações carentes por meio do programa Água para Todos.
“Esse é um processo muito importante e ele passa por uma compreensão diferenciada da situação, pois não se trata de combater a seca. É preciso gerenciá-la, domá-la, para que a população não sinta as consequências tão danosas que ela produz”, afirmou a presidenta durante a solenidade de assinatura, no Palácio do Planalto.
A iniciativa faz parte do Plano Brasil sem Miséria e está orçada em R$ 135 milhões para a construção de 1.042 sistemas simplificados de abastecimento de água, como cisternas, kits de irrigação e pequenas barragens pluviais. A estimativa é que mais de 41 mil famílias sejam beneficiadas por essa etapa do Água para Todos.
“É um momento de fortalecimento do programa, além daquilo que já foi liberado para os estados. A novidade é que a parceria foi firmada diretamente com os municípios, fazendo uma revolução na relação sadia entre dois entes federados: União e municípios. São muitos recursos voltados para o semiárido nordestino”, detalhou o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), que acompanhou a cerimônia.
Durante o ato, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse que a assinatura dos convênios significa uma resposta concreta e objetiva a uma demanda surgida na Marcha dos Prefeitos, para ampliar as parcerias já desenvolvidas com entes federados. “Expressa também a preocupação da presidenta Dilma, que tem recomendado pressa para que essas políticas possam chegar àqueles que estão sofrendo os efeitos da seca”, afirmou.
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, pontuou que o projeto Água para Todos tem o objetivo de universalizar não apenas o acesso à água para beber, mas para melhorar o acesso da água para a produção de alimentos. Ela ressaltou ainda a importância de todos os programas sociais que hoje dão sustentabilidade à vida no Nordeste, apesar da estiagem. “Essa seca encontrou um povo sertanejo diferente graças ao Brasil sem Miséria e ao programa de cisternas”, disse a ministra.
Tarciano Ricarto