O ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, a criação de um Fundo para financiar projetos sociais sobre o tema, além da campanha #partiuteste, que busca chamar atenção dos jovens sobre o cuidado com a doença. O objetivo da ação é reduzir a incidência da Aids no País.
O órgão também divulgou dados do Boletim Epidemiológico HIV-Aids que, entre outros pontos, apontou queda na mortalidade, estabilização no quadro da epidemia e aumento no número de pessoas em tratamento da Aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma das ações anunciadas pelo Ministério da Saúde, o Fundo Nacional de Sustentabilidade às Organizações da Sociedade Civil, o chamado Fundo Positivo, tem como desafio arrecadar recursos da iniciativa privada para financiar projetos sociais de Organizações da Sociedade Civil que trabalham no campo das DST/Aids e Hepatites Virais. Cerca de 350 organizações trabalham com o tema no Brasil.
Outra iniciativa do ministério é o lançamento da campanha entre os jovens incentivando o uso da camisinha e o teste rápido que detecta o vírus HIV em poucos minutos, com material segmentado para gays e travestis.
Boletim – Entre os principais números do Boletim Epidemiológico HIV-Aids, está a redução de 13% na mortalidade por Aids no Brasil. Do total de mortes no período, 198.534 (71,3%) aconteceram entre homens e 79.655 (28,6%) entre mulheres.
O estudo mostra ainda que cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV no País. Deste total, 80% (589 mil) foram diagnosticadas. Os dados também mostram que a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes.
“Nós temos um quadro nacional de estabilização do quadro de Aids, mas que não nos permite trabalhar com segurança, tranquilidade. O Brasil, com essa dimensão continental, nos mostra situações desafiantes”, avalia o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Ainda de acordo com o anúncio, em 2014 o Brasil registrou aumento de 29% no número de pessoas em tratamento da Aids com antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na comparação com 2013. De janeiro a outubro de 2013, 47.506 pessoas entraram em uso de medicação antirretroviral, já em 2014 foram 61.221 pacientes.
Héber Carvalho com agências