Após mais de três semanas consecutivas para conseguir aprovar, no plenário da Câmara, o projeto de lei complementar (PLP 343/17) que renegocia a dívida dos estados, o governo Temer ainda não conseguiu unir sua base aliada para concluir a votação da matéria. O texto principal, que penaliza servidores estaduais e desmonta o serviço público dos estados foi aprovado nesta semana, mas Temer não conseguiu o empenho de sua base aliada para votar os destaques ao texto e encerrar a votação. Apenas foram apreciados dois destaques nesta quarta-feira (19) e cada um consumiu mais de duas horas de debates. Parlamentares da Bancada do PT avaliam que o governo Temer “está derretendo” e que a proposta de renegociação dos estados é “muito ruim”.
O Líder do PT, Carlos Zarattini (SP) reiterou que o governo Temer “propôs um plano de recuperação que é extremamente rigoroso, que leva os estados a arrochar seus funcionários e a cortar serviços públicos. Impede também que esses estados façam novas contratações, obrigando-os a privatizar seu patrimônio. Esta proposta do governo é absolutamente insuficiente para o momento atual”, disse o líder.
O deputado Afonso Florence (PT-BA), vice-líder do PT, reafirmou que a base aliada e o governo Temer não têm mais condições de governar. “O governo Temer está derretendo. Ontem, o presidente Rodrigo Maia atropelou o regimento para impedir a votação do substitutivo que nós apresentamos. Esse substitutivo não previa arrocho salarial para servidores públicos. Não obrigava a privatização de empresas rentáveis no momento em que há uma queda da precificação de ativos”, explicou o petista.
Resistência – Afonso Florence reiterou que a Bancada do PT continuará na resistência. “Representando os interesses do povo para impedir a aprovação de todas as propostas que retiram direitos do povo brasileiro”, concluiu o petista.
Equipe PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra
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