O deputado Henrique Fontana (PT-RS) condenou o governo ilegítimo de Michel Temer por mais uma vez aumentar o rombo fiscal no País, sendo o responsável pelo maior déficit primário de toda a história do Brasil. Criticou ainda o fato de o governo jogar a responsabilidade dessa conta sobre a população mais pobre, poupando o “andar de cima”. Recentemente, a equipe econômica do governo anunciou o aumento do déficit deste ano de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Também comunicou que, no ano que vem, o valor subirá de R$ 129 bilhões para os mesmos R$ 159 bilhões.
“Eles diziam que havia um enorme desequilíbrio fiscal no País e que era preciso trocar o governo para que entrasse um outro que assumiria com responsabilidade fiscal e que colocaria as contas em ordem. Pois eu estou aqui com o gráfico que mostra como foram os superávits e os déficits primários ao longo dos últimos 14 anos. Durante todo o governo Lula e Dilma, o País fez superávit primário, inclusive no ano de 2014 – foram 76 bilhões de superávit primário”, detalhou Fontana.
O parlamentar lembrou ainda que, aliado a todo esse discurso, aqueles que deram sustentação ao golpe puseram em prática no Congresso as “pautas-bomba”, para jogar o jogo “do quanto pior melhor”, com o objetivo de desestabilizar a economia do País. “Em 2015, tivemos um déficit, é verdade, de R$ 43 bilhões, já fruto de todo esse processo. Veio o ano de 2016, assumiu o governo do golpe, assumiram Temer e seus aliados, e aí o déficit foi para 160 bilhões de reais”, ressaltou.
Henrique Fontana criticou o fato de o governo ilegítimo praticar uma política econômica suicida para o Brasil: promove uma série de cortes em programas sociais e deixa livre o gasto para alimentar a ciranda financeira dos juros. “Temer passou um ano cortando uma série de programas sociais fundamentais, cortando programas de incentivo ao crescimento, cortando programas de apoio à agricultura familiar. É o governo dos cortes. Corta, corta, corta, corta o Farmácia Popular corta o ‘Minha Casa, Minha Vida’, corta o apoio à indústria nacional, corta tudo”, detalhou.
Segundo o parlamentar, o passo seguinte do governo golpista é abrir a liquidação total do patrimônio público. “O déficit continua se aprofundando, mas querem vender, por exemplo, o sistema elétrico brasileiro, para tapar o buraco desse déficit. Mais grave do que tudo isso é exatamente o fato de que nenhum tipo de conta se cobra do andar de cima. Este governo é capaz de cortar 1 milhão e 200 mil famílias do Bolsa Família, mas não é capaz de propor o imposto sobre grandes fortunas ou o imposto sobre lucros e dividendos, que poderia, sim, ajudar nas contas do País”, criticou.
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