Deputados da Bancada do PT usaram a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (6) para criticar a decisão do governo Temer de interromper a liberação de novas bolsas do Programa Bolsa-Permanência (PBP) para estudantes universitários indígenas e quilombolas. O valor da ajuda mensal é de R$ 900 para moradia, alimentação e material escolar. “É mais uma política nefasta do governo Temer, que vai prejudicar pelo menos 2.500 estudantes até agora, mas o número pode atingir 5 mil alunos até o final do ano letivo”, lamentou o deputado Leo de Brito Lula (PT-AC).
O deputado do PT do Acre explicou que no início das aulas deste ano os novos universitários não receberam nenhuma parcela da bolsa e nem conseguiram inserir seus nomes no sistema do PBP como candidatos à ajuda. “O MEC está dizendo aqui, na reportagem da Folha de S.Paulo, que novas 800 bolsas serão dadas, mas isso é insuficiente, segundo os estudantes”, frisou Leo de Brito.
O deputado Afonso Lula da Silva (PT-BA) também criticou o corte das bolsas para os universitários. Ele relatou que esteve, nesse fim de semana, na aldeia Barra Velha, em Porto Seguro, participando do encontro Muká Mukaú, de universitários indígenas. “Foi ali que a denúncia de que mais de 2.500 bolsas para estudantes universitários indígenas, uma política pública implantada pelo Governo do Presidente Lula em 2003 foi reduzida por este governo ilegítimo. Nós queremos aqui fazer esta denúncia e reivindicar a liberação desta ajuda aos estudantes indígenas e quilombolas”.
O deputado Ságuas Moraes (PT-MT) se somou aos deputados Leo de Brito e Florence para reivindicar a ajuda aos universitários. “São 2.500 bolsas cortadas e poderão chegar a 5 mil até o fim do ano. Nenhuma bolsa no valor de R$ 900 reais, que era paga desde 2003 aos estudantes indígenas e quilombolas, foi paga neste ano. Portanto, é mais uma medida que este governo golpista faz contra a juventude brasileira, notadamente contra os povos indígenas e quilombolas”, reforçou.
PT na Câmara
