Governo amplia combate à escravização de brasileiras no exterior

pedrowilsonTodos os anos, cerca de 60 mil brasileiros são vítimas do tráfico internacional de pessoas. A maioria é de mulheres, entre 18 e 25 anos, oriundas de famílias de baixa renda.

Os principais destinos são Espanha, Portugal e Suíça. Os dados são da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), ligada ao Ministério da Justiça, que iniciou um monitoramento nos núcleos e postos avançados de enfrentamento ao tráfico de pessoas nos estados do Acre, Ceará, Pará, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, São Paulo, e da Bahia.

 

Para o deputado Pedro Wilson (PT-GO), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, essa é uma iniciativa importante do governo federal. “Essa é uma questão dramática porque o apelo para as mulheres é muito grande e elas acabam sendo vítimas destas quadrilhas que atuam em vários estados, inclusive Goiás. Então, essa é uma ação que vai colaborar no combate ao tráfico internacional de pessoas”, disse o parlamentar petista.

De acordo com o coordenador nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da SNJ, Ricardo Lins, o problema é uma nova forma de escravidão. “Depois de levada para o exterior, a vítima fica presa a uma rede internacional de prostituição, sujeita a trabalhos forçados, em cárcere privado e exposta a doenças sexualmente transmissíveis”, disse Lins.

Embora os números não sejam precisos, o governo brasileiro trabalha com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que estima em 100 mil vítimas de tráfico de pessoas no Brasil por ano. Segundo Lins, os números da ONU estariam superestimados, pois incluiriam casos de pessoas que tentam entrar nos países apenas com fins de imigração. Pelos dados recolhidos nos postos avançados, responsáveis por atender os brasileiros deportados, de cada dez casos, seis são de vítimas de exploração. Os demais seriam de tentativas de imigração ilegal.

Equipe Informes com Agência Brasil

 

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