O governador da Bahia, Rui Costa (PT), divulgou nesta quinta-feira (3) uma manifestação de repúdio contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de abrir processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
De acordo com Costa, os governadores do Nordeste manifestam repúdio ao que chamam de “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. O governador lembrou que gerações lutaram para que o Brasil tivesse plena democracia política, com eleições livres e periódicas.
Além disso, Rui Costa reforçou que não há crise de responsabilidade praticada pela presidenta Dilma. Na publicação, ele afirma que a decisão de abrir o processo de impeachment decorreu de propósitos puramente “pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade”.
“Diante desse panorama, os Governadores do Nordeste anunciam sua posição contrária ao impeachment nos termos apresentados, e estarão mobilizados para que a serenidade e o bom senso prevaleçam. Em vez de golpismos, o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda”, finaliza o texto.
Maranhão – Pelas redes sociais, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que nem o Congresso nem o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovará ideia tão “disparatada” quanto esse processo de impeachment sem base constitucional. “Só para uma coisa serve esse tumulto inconstitucional: dificultar o entendimento nacional de que o Brasil precisa para sair da crise”, avaliou Dino.
O governador maranhense ainda questionou o viés contraditório da ação de Cunha: “inusitado que, em nome de combater as tais pedaladas fiscais, haja aceno e apoio para pontapés contra a Constituição e o Estado de Direito”. Por fim, disse que o “Brasil precisa de estabilidade institucional, de respeito à Constituição e de diálogo entre as forças políticas para sair da crise econômica”.
Ceará – Também pelas redes, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), disse que a atitude de Cunha era claramente motivada por vingança pessoal e deixava explícita a sua postura chantagista que vem paralisando o País há alguns meses.
“Como defensor intransigente da democracia, repudio esse gesto que gera ainda mais instabilidade num momento delicadíssimo para o Brasil. Tenho certeza absoluta de que as instituições sérias deste País e o seu povo jamais permitirão qualquer ruptura com a democracia e com o Estado de Direito. Somente desta forma enfrentaremos o momento difícil pelo qual passa o nosso país e sairemos ainda mais fortes”, afirmou Camilo.
PT na Câmara com Agência PT de Notícias