Golpes fazem parte do DNA da direita brasileira contra governos conectados com minorias, lembra Assis Carvalho

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O deputado Assis Carvalho (PT-PI) ocupou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (25) para fazer um paralelo entre a crise econômica mundial e a crise política, construída pela oposição liderada pelo PSDB e por setores da mídia que não se conformam com o resultado das ultimas eleições presidenciais que reconduziu a presidenta Dilma Rousseff à Presidência da República. Ele disse que esse inconformismo desencadeou uma onda golpista que “faz parte do DNA da direita brasileira que foi, é e sempre será golpista”.

O deputado observou que história recente revela que golpes frequentemente foram desferidos contra a liberdade, contra o direito dos trabalhadores, das minorias e contra a democracia, sempre que se tem um governo conectado com os interesses dos mais pobres.

“O golpe mais recente dos anos 60 também seguiu esse passo: desestabilização, denúncia de corrupção, acusações de inoperância, crise econômica, atentado à bomba”, lembrou Assis Carvalho. Para ele, a receita está sendo repetida e “é a senha para que a turma da extrema direita saia do armário, destilando todo tipo de intolerância, fazendo o discurso do ódio”.

Apesar desse cenário, o deputado acredita que o povo brasileiro tem maturidade suficiente para não cair na armadilha da direita golpista.

“Esse produto amargo já foi experimentado pelos brasileiros e o preço foi muito caro, inclusive para parte dos golpistas que se iludiram, na época, porque o que colheram foi tortura, perseguição, desigualdade e extrema pobreza”, constatou Assis Carvalho.

Em seu discurso, o deputado fez questão de usar o exemplo da bolsa da China para mostrar àqueles que insistem em dizer que a crise pela qual o Brasil passa, não é uma crise local e, sim, mundial. Nesta semana, o índice Shangai Composite registrou uma queda de 8,75%, o que corresponde a 3.253,275 pontos, a maior desde 2007. Tal fato, segundo o parlamentar, potencializa a crise global.

“Há uma cadeia econômica entrelaçada que, quando a economia vai mal em qualquer lugar do mundo, nós aqui no Brasil sofremos os seus efeitos”, explicou o deputado. Ele chamou a atenção para o fato de que, quando há redirecionamento de rumos, como ocorreu com os chineses, com estímulos para o mundo especulativo, eles passam a investir em ações.

Além disso, o parlamentar alertou também para a desconfiança das informações acerca da veracidade ou não do crescimento real do PIB chinês. “Os investidores desconfiam, mas arriscam. É como uma bolha que, de repente, fura e o ar de dentro se esvazia”, exemplificou Assis Carvalho.

Benildes Rodrigues

Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara

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