O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) reafirmou nesta terça-feira (31), em pronunciamento no plenário, que cada dia fica mais claro o golpe armado contra a presidenta Dilma Rousseff, contra os trabalhadores e contra a maioria da população brasileira.
“A articulação do golpe foi liderada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), enfim, a cúpula que se articulou para derrubar a presidenta Dilma e atacar os programas sociais e as políticas públicas que foram construídos durante 13 anos pelos governos do PT. O governo interino e ilegítimo nem sequer tentou disfarçar a agenda do golpe, e logo começou a implantar seus projetos entreguistas e neoliberais, visando o fim do ciclo de inclusão social e distribuição de renda”, disse Leonardo Monteiro.
“Na política externa, o chanceler interino José Serra, principal articulador da entrega do pré-sal às petrolíferas norte-americanas, trabalha pelo fim da integração com América Latina, Ásia e África. No plano interno, o governo ilegítimo anuncia corte no SUS, do Minha Casa, Minha Vida e de políticas de expansão do acesso ao ensino técnico e superior, como o Fies, o Pronatec e o Prouni. É um governo que se revela neoliberal na economia e ultraconservador nas políticas sociais”, afirmou.
Demissões – Para o deputado Leonardo Monteiro, o governo ilegítimo de Temer já está desmoronando. “Em duas semanas mais um ministro do governo provisório é demitido após ser flagrado tentando abafar a Operação Lava-Jato. Dessa vez é Fabiano Silveira justamente no ministério fantoche que Temer criou para fingir que combate a corrupção. “Esse é o perfil do governo golpista: colocar investigações a cargo de alguém que quer abafar as investigações. Por isso a ira dos golpistas contra a legítima presidenta Dilma Rousseff: porque ela não se opôs às investigações e nunca as interrompeu”.
Na avaliação de Leonardo Monteiro, a hipocrisia do golpe está sendo revelada. “Nesta semana mais um golpista que se colocava como exemplo de honestidade é desmentido pelos fatos. O deputado Caio Nárcio (PSDB-MG) votou pelo golpe e dedicou o voto ao pai, Nárcio Rodrigues, ex-deputado, ex-presidente do PSDB de Minas, aliado do senador tucano Aécio Neves e ex-secretário estadual no Governo de Minas na gestão do hoje senador Antonio Anastasia. Foi preso ontem (30), em investigação sobre cobrança de propinas de pelo menos R$ 14 milhões para financiar campanhas dos tucanos em Minas Gerais”, ilustrou.
Objetivos do golpe – Para Leonardo Monteiro, os objetivos do golpe estão claros. Primeiro, barrar as investigações da Lava Jato antes que ela chegue aos cardeais tucanos e do PMDB. “Precisavam tirar a Presidenta e controlar as apurações para não chegar neles. Segundo, interromper o ciclo de inclusão social e ampliação dos direitos dos governos trabalhistas de Lula e Dilma, retomando a agenda neoliberal, de cortes nas políticas sociais, vistos por eles como gastos, de privatizações de nossas estatais e mudanças na política externa soberana e multilateral. Essa agenda foi derrotada nas últimas quatro eleições presidenciais e agora querem implementá-la sem os votos do povo brasileiro”.
Resistência – O deputado Leonardo Monteiro defendeu a resistência pelo restabelecimento da ordem democrática no país. “Só nos resta resistir ao golpe e revertê-lo, com a deposição do traidor, ilegítimo e golpista Michel Temer e a devolução da presidência à sua ocupante legítima: Dilma Rousseff. Não ao Golpe! Fora Temer! Volta Dilma!”, finalizou o petista.
Gizele Benitz
Foto: Divulgação