Gleisi: Ideias autoritárias e neoliberalismo estão levando Brasil a uma grande crise

Em artigo publicado nesta segunda-feira (27), a presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirma que desgoverno Bolsonaro promove “endurecimento do caos social, com violência, queda da renda, alta dos preços e até mesmo a fome”.

 Leia a íntegra do artigo

Estamos diante de um presidente da República que precisa se amparar no radicalismo e na ameaça autoritária para governar, ignorando o que realmente aflige o brasileiro, que busca trabalho e passa fome.

Bastaram cinco meses de governo Bolsonaro sob a gestão neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o País estar sendo conduzido ladeira abaixo, num cenário de degradação econômica sem precedentes. Não foi por falta de aviso de que chegaríamos a este Brasil de 2019, quase inacreditável de se vivenciar.

A realidade de hoje se contrapõe ao País de pouco tempo atrás, quando havia pleno emprego, desenvolvimento e esperança e que começou a degringolar a partir do impeachment de Dilma Rousseff.

Estamos assistindo ao endurecimento do caos social, com violência, queda da renda, alta dos preços e até mesmo a fome. A deterioração da vida das pessoas pode ser sentida quando se notícia que as famílias estão usando lenha e álcool para cozinhar porque não tem dinheiro para comprar o gás de cozinha, que chegou a aumentar 24% nos últimos dois anos e em algumas cidades o botijão já custa R$ 150,00.

Num ambiente político instável, com a pressão das ruas contra o governo e um presidente desastroso, que ataca o Congresso, que joga trabalhador contra trabalhador, o povo contra a democracia e insufla extremismos, a economia é o que mais preocupa.

São quase 14 milhões de pessoas sem trabalho, 5,8 milhões passando horas e horas nas filas à procura de uma oportunidade, 8 milhões que desistiram de encontrar uma vaga e 28 milhões em situação de subemprego. Tudo subiu, desde o litro da gasolina que bateu os R$ 5,00, depois de seguidos reajustes; passando pela cesta básica com alta de até 20,25% em 12 meses; e os juros do empréstimo pessoal atingindo 108,51% ao ano e do cheque especial 357,44%.

Outro dado significativo é o endividamento dos brasileiros, que registou a quarta alta consecutiva – o percentual de famílias com dívidas a pagar chegou a 62,7%. A população não consegue mais guardar dinheiro, ao contrário, as pessoas estão se desfazendo de suas poupanças. No pior resultado em 3 anos, os saques fizeram a poupança perder R$ 2,878 bilhões.

Todos os sinais são de que perdemos o ano. 2019 já era para a economia brasileira, com a confiança dos empresários da indústria e da construção civil caindo, num claro sinal negativo para o investimento, diante da grande ociosidade e da fraca demanda. Ou seja, como ninguém está consumindo, as fábricas não produzem e, consequentemente, não geram emprego. O mais recente alerta é do economista Delfim Netto de que a percepção é de que o País está afundando. “Caminhamos para uma depressão econômica”, disse o ex-ministro. “Estamos na boca de um buraco negro que está atraindo tudo lá para dentro. A conjuntura está piorando em uma velocidade enorme”, observou.

E o que faz o presidente? Chama manifestação popular para apoiar seu desgoverno, a Reforma da previdência, que vai tirar ainda mais direitos do povo e o pacote do Moro, que é uma licença para matar e prender sem observar as garantias legais. Vai sobrar para a população preta e pobre das periferias.

Os atos de Bolsonaro não se comparam aos do dia 15 de maio, que defenderam a educação. A adesão, a mobilização e a capilaridade do dia 15 foram muito maiores. Bastava olhar as imagens para ver os vácuos nas ruas. Para muito além do apoio às reformas, tão divulgado, os atos foram contra a democracia, contra a educação, contra a saúde, contra os direitos do povo e pela intervenção militar, mostrando a face autoritária deste governo e de quem o apoia.

Vivemos tempos de luta e resistência e não vamos esmorecer. #DIA30VAISERMAIOR e voltaremos às ruas contra o corte de verbas da educação e pelos direitos do povo. No dia 14 de junho estaremos de novo numa grande ação de greve geral contra a Reforma da Previdência e em defesa da democracia e soberania nacional. Bolsonaro não intimidará com sua tropa!

 

Gleisi Hoffmann é deputada federal e presidenta Nacional do PT

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex