Gleisi denuncia Bolsonaro por acabar com o Bolsa Família e cobra auxílio social de R$ 600

Deputada Gleisi Hoffmann. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou hoje (10) duramente o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro por ter aniquilado o Bolsa Família, programa instituído pelo ex-presidente Lula há 18 anos e que se tornou referência mundial de combate à fome e à miséria. “Esse traste acaba com tudo, com a Petrobras, a Eletrobras, a agricultura familiar, a renda e o emprego e acabou agora com o Bolsa Família!”, denunciou a parlamentar.

Ela rebateu as mentiras disseminadas pela base bolsonarista de que o PT seria contra o aumento dos benefícios sociais, lembrando que o partido tem um projeto (PL 4086/2020) de ampliação do Bolsa Família, o qual garante R$ 600,00 às pessoas que não têm renda, estão na informalidade ou trabalhando em condições precárias. Ou seja, R$ 200,00 a mais do que o governo militar de Bolsonaro acena com o chamado Auxílio Brasil.

Ela recordou que os governos do PT – de 2003 até o golpe de 2016 – se destacaram pelo combate à fome e à miséria, geração de empregos e renda e com uma política de combate às desigualdades sociais e regionais que se tornou um marco no cenário internacional. Gleisi ressaltou que a prática do atual governo é o oposto do que fez o PT: Bolsonaro gera miséria, fome, desesperança, explosão dos preços dos alimentos e dos combustíveis e desemprego em massa, além de cortes de direitos sociais e trabalhistas.

Mentirosos contumazes

Ela disse que a proposta de emenda à Constituição (PEC 23/21) relativa aos precatórios é um verdadeiro calote em quem tem créditos a receber da União e é um verdadeiro cheque em branco para o ex-capitão gastar R$ 95 bilhões em 2022, ano de eleição. Segundo ela, o governo não diz onde serão gastos os recursos.

“Só há a palavra de Bolsonaro e do Paulo Guedes (ministro da Economia) dizendo que parte vai ser aplicada para melhorar o Auxílio Brasil, mas tanto Bolsonaro quanto Guedes são mentirosos contumazes, a gente não tem como acreditar”, disse Gleisi. “A maior parte dos recursos da PEC aprovada não é para auxílio, é dinheiro aberto e livre para o Governo fazer o que quiser, é um cheque em branco para fazer gastança sem ter um projeto de desenvolvimento do Brasil”.

Gleisi deixou claro que se o Governo tivesse mandado um projeto que colocasse recursos já direcionados para o aumento do auxílio social, o partido teria votado a favor. Mas ressaltou que a PEC do Calote não tinha como ser aprovada com o voto do PT “porque é uma mentira para a sociedade brasileira”.

Fim do Bolsa Família

Ela frisou que o Bolsa Família era um programa perene que independia do governante de plantão e continha políticas estruturantes que permitiam segurança às pessoas mais pobres, que agora vão ficar à mercê de um programa de cunho eleitoral e passageiro, cujos recursos acabam ao final das eleições do ano que vem. “O Bolsa Família, além de reduzir a pobreza, também ajudou a melhorar a educação das crianças no Brasil e a ter o acompanhamento da saúde”, observou a presidenta do PT.

“O Bolsa Família do presidente Lula foi um dos maiores programas de transferência de renda do mundo, premiadíssimo, essencial no combate à pobreza e à miséria. Mais de 40 milhões de pessoas saíram da miséria no Brasil. Isso não é pouca coisa”, comentou a deputada.

Avanços sociais com o PT

Porém, ela lembrou que a miséria e os problemas sociais seculares do Brasil não foram combatidos pelo PT apenas com o Bolsa Família. Vários outros projetos foram implementados, o que resultou na geração de mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada, com todos os direitos trabalhistas incluídos. Gleisi citou ainda a valorização do salário mínimo ano após ano nos governos do PT, a expansão do direito à aposentadoria e aos benefícios assistenciais, entre outras inúmeras conquistas.

A parlamentar destacou que pela primeira vez em mais de 500 anos de história a fome entrou na pauta do governo com a chegada de Lula ao poder, em 2003. “Precisou um operário, um retirante nordestino, um homem que passou fome assumir a Presidência para fazer com que o combate à pobreza fosse prioridade no Brasil, porque durante 500 anos não foi”, disse ela. Até então, “pobre sempre foi tratado como estatística, como número. E foi com Lula que nós adotamos uma política de Estado de enfrentamento à fome”.

“O povo não come soja, não come milho. O povo come comida plantada, em sua maioria, pelos agricultores familiares: arroz, feijão, batata, mandioca…”, comentou a presidenta do PT, ao frisar a importância que os governos do PT deram aos agricultores familiares, atualmente abandonados pelo governo Bolsonaro.

Ela citou os avanços alcançados pelos governos do PT para mostrar que Bolsonaro não vai melhorar a vida do povo com um programa via decreto, medida provisória ou aplicativo no celular, como está fazendo o ex-capitão. “Tem que ter visão de país, integração de projeto, tem que olhar o todo sistêmico”, pontuou a presidenta do PT. “Ele (Bolsonaro) está dando — e quer dar — uma solução eleitoreira”.

Ela recordou que Bolsonaro várias vezes se referiu ao Bolsa Família como um “programa para vagabundo, que as pessoas queriam o Bolsa Família porque não queriam trabalhar”. Ela disse que a posição do ex-capitão sobre o Bolsa Família é de “gente nojenta, de elite covarde e preconceituosa que julga os outros pelo que faz”. Disse que quem nunca gostou de trabalhar são Bolsonaro e seus filhos. “Como que pode julgar o povo pobre e dizer que pega o Bolsa Família e aí se recusa a ter trabalho?”

Redação PT na Câmara

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