Setores vinculados ao golpe e que temem enfrentar o ex-presidente Lula nas eleições de 2018 tentam, através de parte da imprensa, atacar sua candidatura. Ainda assim, Lula segue liderando nas pesquisas e será registrado no dia 15 de agosto como o candidato à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores.
Esta foi a principal mensagem levada pela presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, à Vigília Lula Livre na manhã desta sexta-feira (11), em Curitiba. Em frente ao prédio da Polícia Federal onde Lula é mantido como preso político, a senadora explicou que a Constituição Federal garante o direito de qualquer pessoa ser candidata a qualquer cargo público mesmo que sobre ela paire uma condenação provisória.
O direito é garantido a todos até que exista uma condenação definitiva em um processo penal já terminantemente encerrado na Justiça – o que não é o caso de Lula, cuja condenação sem provas se deu apenas no âmbito de um tribunal com sede em Porto Alegre, e não nas cortes superiores do País.
“Mas e a lei da Ficha Limpa?, perguntam alguns. Ora, a lei da Ficha Limpa prevê que qualquer pessoa tem direito a se candidatar, ter o nome da urna, mesmo que condenado em segunda instância, e concorrer às eleições. A norma apenas determina que, em caso de vitória, o candidato só poderá ser diplomado se não tiver condenação”, explicou Gleisi. Assim, Lula pode e vai concorrer, enquanto sua defesa jurídica luta para provar sua inocência nas instâncias de Brasília (STJ e STF) da Justiça brasileira.
A presidenta do PT aproveitou sua ida à vigília para falar também a respeito da importância de se manter a mobilização em Curitiba em favor de Lula Livre. “Lamentamos o eventual transtorno aos moradores, mas não fomos nós que trouxemos o ex-presidente Lula para cá, por meio de uma prisão arbitrária e sem provas, e não o deixaremos sozinho”, informou Gleisi, que também falou aos defensores de Lula sobre a importância de levar a mensagem em defesa do ex-presidente para todos os cantos da cidade. “É fundamental que a vigília permaneça aqui, mas também é preciso que nós levemos a toda cidade de Curitiba o que está acontecendo aqui, que se comunique a nossa resistência”, concluiu a senadora.
Por Vinícius Segalla, da Agência PT de Notícias, em Curitiba