Gleisi: Assentamentos do MST são exemplos de organização, trabalho e solidariedade

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), visitou acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná nesta semana. As visitas cumprem o papel de motivar a militância a seguir lutando, na resistência ativa e fortalecer a solidariedade entre campo e cidade. Durante a pandemia, os assentamentos do MST do Paraná já doaram 430 toneladas de alimentos para as comunidades carentes do estado. Gleisi visitou os acampamentos Maria Rosa do Contestado e Padre Roque Zimmermann, em Castro; o acampamento Maila Sabrina, em Ortigueira; o Assentamento Eli Vive, em Londrina; o Acampamento Fidel Castro, em Centenário do Sul e o Assentamento Dorcelina Folador, em Arapongas.

Na quarta-feira (2), Gleisi Hoffmann esteve na sede do Assentamento Eli Vive, onde está sendo construída agroindústria para processamento de milho, que deve entrar em funcionamento em 2021 e processará o produto crioulo, não transgênico. Gleisi ressaltou a importância da produção de alimentos realizada pelas famílias assentadas, dos grupos coletivos que produzem de forma agroecológica para as cestas entregues em Londrina. A presidenta do PT também destacou o papel das cooperativas do MST na organização, processamento e comercialização desta produção que atende o mercado local, nacional e até internacional.

Assentamento referência no país

Atualmente, o assentamento Eli Vive, próximo a Londrina, com 501 famílias, é o maior em região metropolitana do Brasil, produzindo alimentos saudáveis. “As pessoas precisam conhecer essa experiência”, disse Gleisi, comentando a visita. “A importância da solidariedade, a quantidade de alimentos que têm chegado nas cidades para serem distribuídos, isso faz muita diferença para quem recebe, mas faz também pra quem dá”, aponta. “Primeiro porque humaniza, a gente gosta de poder repartir aquilo que tem”. Membros do PT acompanharam a deputada, como Giane Silva, Lenir de Assis, Alexandre Silva e Carlos Scalassara.

Ao contrário do governo Bolsonaro, que ameaça assentamentos na Bahia com uso repressivo da Força Nacional, Gleisi valoriza o trabalho desenvolvido pelo MST. Para a presidenta nacional do PT, é fundamental partilhar o que é fruto do trabalho e fortalecer o reconhecimento do MST junto à sociedade. “É importante as pessoas conhecerem o movimento, saberem quem são os trabalhadores e as trabalhadoras que produzem os alimentos, estão combatendo a fome ou ajudando a minorar o sofrimento das pessoas”, disse. “Isso traz solidariedade entre as pessoas e entre as classes, aproximando o campo e a cidade, principalmente nesse momento em que precisamos ter ações de solidariedade entre nós”, comentou.

Centro de produção de alimentos

Sempre respeitando as orientações da OMS, com uso de máscara, álcool em gel, aferição da temperatura e distanciamento social, Gleisi também visitou o Centro de Produção de Alimentos Antônio Tavares, que conta com a participação de mais de 100 famílias na região. Na visita, foram debatidas as iniciativas e os resultados do plano de produção de alimentos saudáveis do centro. Em quatro meses de plantio, já foram produzidas mais de 20 toneladas de alimentos para o autoconsumo, doação e comercialização.

Nas visitas, a deputada compartilhou a defesa da reforma agrária com os trabalhadores e trabalhadores da região, que cumprem papel importante na agricultura, na economia e na política nesses territórios. Gleisi destacou a luta dos assentamentos que, neste momento de pandemia, têm demonstrado expressiva contribuição no combate à fome e a vulnerabilidade social.

 

 

Da Agência PT de Notícias, com assessoria do MST no Paraná (Jovana Cestille e Alexandre Silva / Elaine Machado e Nikely Galdino – fotos)

 

 

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