Givaldo Vieira lamenta retrocessos na agenda ambiental

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara, deputado Givaldo Vieira (PT-ES), afirmou durante discurso na Câmara, na terça-feira (6), que existe “pouco a comemorar, mas muito a lamentar” nesta Semana Mundial do Meio Ambiente. Entre as causas para o desânimo, o petista destacou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris- anunciado há poucos dias pelo presidente Donald Trump- e os ataques à legislação ambiental no Brasil. O petista destacou ainda o trabalho realizado por ele na CDU para colocar em evidência a pauta ambiental.
“O Presidente Trump anunciou a retirada dos EUA do Acordo de Paris que trata da redução da emissão de gases de efeito estufa no planeta. Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de gases de efeito estufa. Notícias como essa também se espalham pelo nosso país. Aqui nós assistimos, com preocupação, à tentativa de avanço das fronteiras agrícolas do agronegócio sobre Áreas de Proteção Ambiental, à forte pressão sobre populações tradicionais, indígenas e outras, para que deem lugar a uma ânsia pelo aumento da produção agrícola do agronegócio no País em detrimento do meio ambiente”, lamentou.
O deputado disse ainda que a temática ambiental tem pautado o trabalho dele no parlamento. Como exemplo, citou a proposta feita por ele de criação da Comissão Especial da Crise Hídrica, da qual é relator. Givaldo lembrou ainda que, mesmo na Comissão de Desenvolvimento Urbano, o meio ambiente tem sido priorizado no colegiado.
“Hoje, nós temos milhares de cidades brasileiras que sofrem restrição na disponibilidade de água e muitas estão fazendo um processo de revezamento no fornecimento em suas regiões, para que possam suprir o mínimo de água para a sua população. Também há preocupação da nossa comissão com essa nova onda privatizante no setor de saneamento. Deliberado à esta Casa pelo Presidente temerário, o projeto de renegociação das dívidas dos Estado impõe que empresas de saneamentos estaduais sejam privatizadas como contrapartida da renegociação das dívidas”, lembrou.

Héber Carvalho

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