A malha aeroportuária integra o patrimônio nacional, é estratégica e não pode ser privatizada. A afirmação foi feita pelo deputado José Genoíno (PT-SP), ao se posicionar contrariamente a relatório divulgado nesta semana pela Consultoria McKinsey, que sugeriu ao governo privatizar os principais aeroportos brasileiros, na forma de concessão.
“Discordo desse enfoque. Defendo uma reforma da Infraero, no limite, a abertura de seu capital, mas não o caminho da privatização ou de transferência da estatal brasileira do Ministério da Defesa para o Ministério dos Transportes”, disse Genoíno. O parlamentar explicou que a malha aeroportuária brasileira tem interface com os objetivos da defesa nacional, não se resumindo à logística de transporte de passageiros.
Genoíno reconheceu a importância de novos investimentos da malha aeroportuária brasileira, mas disse que o governo federal, por intermédio do presidente da Infraero, Murilo Marques, vem tomando medidas para aperfeiçoar, agilizar e modernizar a estrutura aeroportuária do País.
Desmilitarização – Genoíno também criticou a sugestão da consultoria de que a Infraero seja desmilitarizada. O petista explicou que esse nem é o modelo atual da estatal. “Não há mais militarização da Infraero. O processo de subordinação da estatal se faz da seguinte forma: subordinação à autoridade civil, no caso o Ministro da Defesa, e subordinação à autoridade política do presidente da Infraero. Não há risco de militarização”, explicou.
Edmilson Freitas
