Axé e emoção marcaram o café da manhã que deu início à articulação que formará a Frente Parlamentar em defesa das comunidades tradicionais de terreiros, em Brasília. A proposta é uma demanda de organizações do movimento negro, como o Coletivo de Entidades Negras (CEN) e conta com o apoio dos deputados Valmir Assunção (PT-BA) e Érika Kokay (PT-DF).
Entre as propostas, está a fiscalização do poder executivo para a aplicação de políticas públicas propostas por comunidades de terreiro para que este poder não seja o violador do direito de culto no Brasil. “É inadmissível nós termos esse tipo de discriminação com as religiões de matriz africana, em um país laico, onde conseguimos tantos avanços. Essa mobilização é a expressão maior que estamos reafirmando a nossa resistência”, avalia o deputado Valmir Assunção.
A frente terá o papel de promover ações em defesa das religiões de matriz africana para a promoção da liberdade de culto e contra a intolerância religiosa, de modo que os terreiros tenham o mesmo tratamento que outros templos religiosos. “Devemos ter o cuidado para que não volte como no tempo da escravidão, onde não podíamos cultuar os nossos santos”, alertou Mãe Baiana, do Ilê Axé Oyá Bagan.
O fortalecimento do diálogo interinstitucional entre os três poderes da República para a defesa da liberdade religiosa e a realização de uma Conferência Nacional Sobre Liberdade Religiosa também estão na pauta da Frente.
Os parlamentares interessados em integrar a articulação devem entrar em contato com os gabinetes de Érika Kokay (61- 32155203) ou Valmir Assunção (61- 32155739).
Assessoria Parlamentar
