Os deputados da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos (FPDDH) realizam, nesta quarta-feira (9), um ato de coleta de assinaturas pela libertação da bióloga brasileira Ana Paula Maciel. No abaixo-assinado os parlamentares reafirmam a solidariedade do Congresso Nacional brasileiro para com os manifestantes e pedem que a brasileira e os demais aguardem o desenrolar das investigações em liberdade. O ato está marcado para as 15h, no Hall da Taquigrafia, no Anexo II da Câmara. Posteriormente, o documento com as assinaturas dos parlamentares será entregue ao embaixador da Rússia no Brasil.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), que também convoca para o ato, protocolou na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, nesta terça-feira (8), moção ao Governo Russo pela libertação da brasileira Ana Paula Maciel. Após sua aprovação na CREDN, o texto será encaminhado à Embaixada da Rússia em Brasília. Militante do Greenpeace, a gaúcha de Porto Alegre foi detida em Murmansk, no norte da Rússia, com outros 29 tripulantes do navio Artic Sunrise, no dia 19 de setembro.
Eles são acusados pelo governo russo de “pirataria em grupo organizado”, depois de serem detidos enquanto participavam de um protesto pacífico numa plataforma de petróleo no Mar de Pécora, na região do Ártico. Na legislação russa, o crime do qual são acusados é punível com até 15 anos de prisão. De acordo com Fontana, que se reuniu com a direção do Greenpeace-Brasil na semana passada, o objetivo é que Ana Paula responda o processo judicial em liberdade.
“Solicitamos às autoridades da Federação Russa a libertação da gaúcha Ana Paula, bem como de outros 27 ativistas do Greenpeace e de dois jornalistas detidos em Murmansk, após protesto pacífico efetuado no Mar de Barents contra a exploração de petróleo no Ártico. Ao mesmo tempo, externamos nosso entendimento de que as estratégicas relações entre o Brasil e a Rússia devam se aprofundar cada vez mais, unindo solidamente os destinos de nossos países”, enfatizou Fontana.
“A prisão de Ana Paula e dos demais ativistas se deu de forma totalmente arbitrária. Além de pedir a libertação dela, este ato é também contra a criminalização dos movimentos sociais e de seus integrantes, que acontecem todos os dias, inclusive no Brasil”, disse a deputada Erika Kokay (PT-DF), integrante da coordenação da Frente de Direitos Humanos e uma das organizadoras do ato.
Assessoria Parlamentar