Fraternidade na Prática

lsergio_artigoEsta semana o Presidente Lula assinou a liberação de R$ 1,374 bilhão para ajudar as cidades que sofreram com as chuvas. O pacote inclui também a ajuda brasileira ao Haiti, que será de R$ 375 milhões, ou 27% do total. Uma parte para a manutenção de nossos soldados em solo haitiano e outra para ajudar a reconstruir o país.

Há quem critique o socorro brasileiro ao Haiti. Argumentam que o Brasil, com tantos problemas, não pode se dar ao luxo de ajudar um país estrangeiro. A prioridade tem mesmo que ser para nossos irmãos brasileiros. E é isso que está sendo feito.

Os valores destinados a cidades como Angra dos Reis e regiões como a Baixada Fluminense vão superar em muitos milhões de reais a ajuda ao Haiti.

E mais, todos os anos o Governo federal socorre brasileiros vítimas de uma tragédia silenciosa e devastadora: a fome. Em 2009, foram gastos R$ 12 bilhões no auxílio a milhões de famílias. Os resultados estão aí. De acordo com a entidade inglesa ActionAid, nos últimos sete anos o Brasil reduziu em 73% a desnutrição e em 45% a mortalidade infantil.

Mesmo assim, nossos problemas ainda são enormes. Só não justificam uma omissão diante do esforço mundial pelo Haiti. É verdade que há pouco pão em nossa mesa, mas é sempre possível dividir o pouco que temos. Se queremos um
planeta mais fraterno, precisamos exercitar a fraternidade na prática.

O dinheiro que enviamos ao Haiti é importante, mas é muito pouco comparado à coragem dos militares que, mesmo podendo retornar para o Brasil depois do terremoto, pediram para ficar e ajudar. É quase nada perto da dedicação de
nossos soldados que perderam a vida naquele país e do exemplo de amor ao próximo de pessoas como a brasileira Zilda Arns.

Luiz Sérgio Deputado federal -Presidente eleito PT-RJ

Publicado na sexta-feira (29/01) no jornal O DIA (RJ)

 

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