Fontana defende renúncia de Temer e eleições diretas para estancar crise

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O deputado Henrique Fontana (PT-RS) defendeu na quarta-feira (7), da tribuna da Câmara, a renúncia do presidente ilegítimo Michel Temer. “Temer deve renunciar à Presidência para que o povo brasileiro possa escolher um presidente da República em eleições diretas o mais rápido possível”, afirmou o deputado. Para Fontana, o País vive uma das mais graves crises institucionais da sua história.

Para sustentar essa tese, o deputado argumentou que as soluções para a economia não ocorrerão enquanto o País for comandado por um governo fragilizado e ilegítimo. “Imaginem rediscutir-se o pacto previdenciário do País com um Governo totalmente ilegítimo, dentro deste ambiente de crise institucional. Imaginem querer-se consolidar o congelamento de investimentos públicos por 20 anos, dentro deste ambiente de instabilidade”, ponderou o deputado.

Ainda, conforme apontou Fontana, o caminho que o Brasil deve trilhar é aquele em que o voto popular seja respeitado. Nesse sentido, ele sugeriu eleições diretas como alternativa para tirar o país do fundo do poço. “Diretas já! É disto que o Brasil precisa. O povo brasileiro é quem vai dar rumo para sairmos desta crise institucional. O povo brasileiro é quem tem a legitimidade para definir quem deve presidir o País”, defendeu o parlamentar, que também refutou a ideia de eleições indiretas – hipótese em que o Congresso Nacional escolhe outro presidente, caso o presidente golpista cair.

Para Henrique Fontana, todo o cenário de instabilidade política, econômica e social foi gerado a partir do golpe parlamentar que retirou do poder uma presidenta da República legitimamente eleita. “O golpe que iniciou o processo de desestabilização das instituições do País começa a cobrar um preço cada vez mais alto da população brasileira porque, quando se desrespeita aquilo que é um dos pilares mais importantes do sistema democrático de um país, que é o cargo de Presidente da República, eleito pelo voto direto da população, desencadeia-se uma espécie de vale-tudo institucional”.

Benildes Rodrigues

Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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