Fontana caracteriza como “vergonha” impeachment sem crime e conduzido por Cunha

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A legitimidade do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em conduzir o processo que sugere o impedimento da presidenta Dilma Rousseff, foi questionada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS) em duro discurso no plenário nesta terça-feira (22).

“É uma vergonha que o deputado Eduardo Cunha (e eu não o chamo de Presidente), que é o líder desse golpe e um dos políticos mais corruptos do Brasil, tente conduzir uma sessão para cassar o mandato de uma mulher honesta, honrada, que não cometeu nenhum crime”, afirmou Fontana.

Conforme explicou o deputado, para um impeachment sem a característica de golpe, seria necessário comprovação de crime de responsabilidade praticada pela mandatária da Nação.

“Não há crime nenhum que a presidente Dilma tenha cometido. Ao contrário, o que ouço nos corredores é a tentativa de construção de um acordo em que se derrubaria a presidente através de um golpe”, denunciou.

Para Fontana, há um conluio entre o PSDB, setores da oposição e parte do PMDB para construir um novo governo. Ele alertou que o objetivo desse novo governo é “abrir condições para determinados acordos que poderiam, inclusive, frear investigações, coisa que a presidente Dilma jamais fez em todos seus cinco anos na Presidência da República”.

“O que está em debate no Brasil hoje é a disputa pelo poder. É a disputa para ocupar a Presidência da República. Em uma democracia, só há uma forma de ocupar a Presidência da República: através do voto popular, não através de um golpe; não é rasgando a Constituição”, enfatizou Fontana.

Fontana também denunciou a tentativa de Eduardo Cunha de incluir no processo contra Dilma a delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). A comissão rejeitou a manobra a partir de questionamento da bancada do PT na comissão.

Benildes Rodrigues
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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www.flickr.com/ptnacamara

 

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