Coordenador da bancada petista da Bahia na Câmara, o deputado Afonso Florence (PT-BA) rebateu as declarações do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ao jornal Tribuna da Bahia desta segunda-feira (9) com críticas ao Governo federal. O petista observou que, na condição de sucessor de Sérgio Guerra na presidência do PSDB, além de ex-governador de Minas Gerais, Aécio tem muito o que explicar antes de tecer qualquer critica ao governo federal ou ao projeto de governo petista.
Entre estas explicações, destacou Florence, estão os motivos pelos quais o líder tucano na Câmara, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), propôs o indiciamento de Sérgio Guerra na CPMI da Petrobras de 2014, após a delação premiada feita pelo lobista Fernando Soares. “O pedido de implicação (indiciamento) do falecido tucano não resolve nada. O principal ,e que ele (Carlos Sampaio) não fez, foi esclarecer do que se tratava a suposta propina e para onde ela foi”, criticou o deputado do PT baiano.
O senador Aécio Neves, na avaliação do deputado Florence, precisa, antes de qualquer coisa, “explicar e mostrar quais outras propinas foram recebidas pela presidência do PSDB e qual uso foi dado a este recurso”. O petista cobrou também que o senador dê explicações convincentes sobre o porquê de durante a sua gestão no governo de Minas Gerais ter ocorrido tantas viagens de aeronaves do governo estadual “emprestadas” para particulares do seu circulo pessoal.
Afonso Florence argumentou que as contradições de Aécio, desde que saiu da disputa à Presidência, e seu comportamento errático prejudicam fortemente sua imagem e também a do seu partido. “A sucessão de erros e descobertas sobre o passado de sua vida política têm feito do tucano mineiro alguém a ser evitado no meio político”, observou Florence. E acrescentou que possivelmente é por isso, “que seus próprios correligionários não o querem como candidato à Presidência”, ironizou.
Assessoria Parlamentar
Foto: Gustavo Bezerra
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