O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (31) que, para o Brasil ser justo, é preciso garantir que crianças pobres tenham as mesmas oportunidades e frequentem os mesmos bancos de escola que as crianças ricas. “Para esse país ser justo, é preciso garantir que o filho do pobre tenha a mesma oportunidade que o filho de rico para estudar, que as crianças possam estar no mesmo banco da escola”.
Lula participou, em Salvador, do ato de lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia. Ao abordar as contradições do acesso à educação no Brasil, ele lembrou que os jovens pobres que estudam em escolas públicas, que precisam ter qualidade de ensino melhorada, não concorrem em igualdade de condições com os ricos, quando passam pelo ensino médio e disputam uma vaga na universidade.
“Quando o pobre termina o ensino médio, ele quer ir para a universidade. Como ele estudou numa escola de menor poder de ensino, ele quase que não consegue passar numa federal. Quem passa numa federal é o rico, que estudou o ensino fundamental numa escola particular, pagando 3 mil, 4 mil reais de mensalidade”, comentou
O ex-presidente disse que, se todos se alimentarem bem e tiveram a mesma qualidade de ensino, quando chegar no vestibular, meninos e meninas pobres serão maioria nas universidades. “Quero saber quem é mais inteligente. Se todos comerem e se todos tiverem a mesma qualidade de ensino, quando chegar no vestibular, você vai perceber que meninos e meninas pobres da periferia serão maioria na universidade e não apenas os ricos”, disse Lula.
Lula abordou outras questões sociais importantes, como a volta da fome, e insistiu que é inadmissível que num país que é terceiro maior produtor de alimentos do planeta e primeiro maior produtor de proteína animal, pessoas tenham fome e busquem carcaça de frango ou osso para se alimentarem, como se vê frequentemente em reportagens de TV.
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