“Filha de Serra abriu concorrente do Serasa”, diz Ferro

ferr0_gabO líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), criticou nesta segunda-feira (13) o descaso da imprensa brasileira com uma matéria publicada no fim de semana pela revista Carta Capital.

Segundo a reportagem, uma empresa de Verônica Serra, filha do tucano José Serra, deixou, em 2001, os dados bancários de 60 milhões de brasileiros expostos a visitação pública durante 60 dias. O tema foi ignorado pelos jornais O Globo, O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo. “A filha do candidato José Serra abriu uma concorrente do Serasa para devassar a vida das pessoas. A matéria da Carta Capital desmascara toda essa história de quebra de sigilo. Os tucanos e demos é que são contumazes violadores”, disse Ferro.

De acordo com a revista, os dados ficaram expostos à visitação pública na internet. “Provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram as empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg”, diz a matéria.

O site Rede Brasil Atual comparou a postura da grande imprensa diante de matérias publicadas no fim de semana pelas revistas Carta Capital e Veja. Esta última acusa o filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Gerra, de suposto tráfico de influência. “A reportagem de Leandro Fortes sobre Verônica Serra (Carta Capital) não ganhou uma linha em O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. A matéria de Veja, por outro lado, foi o destaque de capa de dois deles, que dedicam boa parte de seu noticiário dominical à repercussão do tema”, informa o site.

De acordo com a Rede Brasil Atual, “a vontade dos grandes jornais em mostrar episódios que possam enfraquecer a candidata Dilma Rousseff gera estranheza até mesmo dentro dessas redações. Na última semana, a Folha publicou que um erro da ex-ministra havia provocado prejuízo de R$ 1 bilhão. A notícia, sem base real, virou motivo de piada na internet, e um viral reproduzido pelo Twitter entrou para os principais tópicos mundiais da rede social”, enfatiza o site.

A ombudsman da Folha, Suzana Singer, chamou atenção dos editores da Folha. “O jornal avançou o sinal”. A ombudsman pede que o jornal deixe o próprio leitor chegar a suas conclusões, sem direcionamentos, e lembra que não tem havido a mesma crítica à gestão de Serra em São Paulo. “É uma fonte insuspeita que reconhece o erro do jornal. A ombudsman expõe o que todo mundo já sabe: é desesperada a ação da grande imprensa para contribuir com a candidatura de José Serra. Isso é feito de maneira cínica e não democrática. Era melhor a Folha assumir publicamente sua posição editorial favorável ao candidato do que causar tanto constrangimento a jovens profissionais obrigados a fazer esse tipo de subjornalismo”, disse Fernando Ferro.

Leia aqui (http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/sinais-trocados) a matéria completa da Carta Capital.

Equipe Informes

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