Fevereiro tem geração recorde de vagas para o período, aponta IBGE

25-03-10-emprego-D1O mercado de trabalho registrou, em fevereiro, geração recorde de novos postos para este período do ano. Foram abertas 725 mil novas vagas no mês passado, na comparação com fevereiro do ano anterior, maior volume observado para o mês de fevereiro desde o início da série medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em março de 2002.

Para o coordenador da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), Cimar Azeredo, o mercado de trabalho, em termos de desocupação, encontra-se em um novo patamar. As taxas de desemprego registradas neste início de ano – 7,2% em janeiro, e 7,4% em fevereiro – confirmam a arrancada em 2010 e são sustentadas pelos bons números relativos ao mercado formal. A geração de empregos com carteira assinada também foi recorde para um mês de fevereiro.

“Já estamos em um outro patamar de desocupação. Estão sendo geradas mais vagas em relação ao crescimento vegetativo da população”, afirmou Azeredo, referindo-se ao fato de que a população ocupada teve expansão de 3,5%, enquanto a população em idade ativa aumentou 1,4%, em relação a fevereiro de 2009. “A geração de empregos está maior, e, ao mesmo tempo, a renda e o poder de compra da população estão em alta. Isso puxa o mercado de trabalho”, acrescentou.

Na avaliação do deputado Antonio Palocci (PT-SP), o Brasil está mudando de patamar na geração de emprego e na formalização do mercado de trabalho, e esse movimento é sólido e consolidado. “A questão da geração do emprego tem a ver com o fato de que o Brasil dobrou o ritmo de crescimento nos últimos anos. Passou de um crescimento de 2% a 2,5% para um crescimento na faixa de 4% a 4,5%”, afirmou o deputado.

Carteira assinada – O mercado formal acompanha o ritmo do mercado de trabalho e também apresentou números recordes em fevereiro. Os empregos com carteira assinada cresceram 6,4%, o que significou 598 mil novos postos formalizados, na comparação com fevereiro de 2009. “Parte expressiva das novas vagas abertas foram com carteira assinada”, assinalou Azeredo.

Do total de empregados no setor privado, 60,4% tinham carteira assinada em fevereiro, maior nível para o mês, desde o início da série histórica. Nas regiões do Nordeste pesquisadas, a população ocupada com carteira assinada já representa 40% do total desde o início do ano, fato que não havia acontecido antes na série do IBGE.
Segundo Antonio Palocci, a formalização do emprego acompanha o desenvolvimento da economia e é devida a vários fatores, entre eles a necessidade financiamento das empresas. “Para obter crédito a empresa precisa se formalizar, por exemplo. Há também o aumento de acesso ao mercado de capitais. O movimento de crescimento do emprego é um movimento sólido”, destacou.

Entre os setores avaliados, a construção teve aumento de 8,1%, ou 125 mil novas vagas, na comparação com fevereiro do ano passado. Os serviços prestados às empresas foram responsáveis por 124 mil novos postos, alta de 3,9% frente a igual mês de 2009. No comércio, foram 108 mil novas vagas, incremento de 2,7%; já na indústria, foram 73 mil novos postos na comparação com fevereiro de 2009, avanço de 2,1%.

Desemprego – A taxa de desemprego registrou o menor nível para o mês em todas a regiões avaliadas pelo IBGE. Em Porto Alegre, a população desocupada representou 5,1% da população economicamente ativa (população acima de dez anos de idade); no Rio, ficou em 5,6%, seguido por Belo Horizonte (6,5%), São Paulo (8,1), Recife (8,8%) e Salvador (11%).

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Gabriela Mascarenhas com agências

 

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