“A revista Veja se notabilizou por escolher os chamados bastiões da ética. Está aqui como um dos mosqueteiros da ética o senhor Demóstenes Torres, que impiedosamente acusou [uma série de pessoas], como sendo probo, como sendo uma espécie de Torquemada ou um ‘Catão do cerrado’, uma fonte de virtudes. Está aí o resultado: se revelou um delinquente de marca maior que agora está tendo que se explicar”, disse Ferro.
Ferro também cobrou a investigação da revista e de suas ligações com o bicheiro preso pela operação Monte Carlo. “Essa revista associou-se ao crime. Não adianta colocar discretamente o retrato de Demóstenes para tentar se livrar e fazer a defesa do jornalista Policarpo, que teve registrado mais de 200 telefonemas para o Cachoeira e, evidentemente, nesse jogo exerceu o tráfico de influência, aproveitou-se do crime organizado para fazer jornalismo”, criticou o deputado pernambucano.
“É por isso que não tem outro caminho senão a CPI para investigar essa questão e esperamos que esta Casa urgentemente a instale”, propôs Ferro.
Sumiço – Já o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) reproduziu na tribuna a denúncia de que uma revista semanal “sumiu” das bancas de Goiás no final de semana. “Durante a ditadura militar, por várias vezes, vimos jornais e revistas desaparecerem das bancas. Também vimos bancas sendo incendiadas. Esta semana a revista Carta Capital, diga-se de passagem, a melhor revista semanal do Brasil, desapareceu das bancas de Goiás. A pergunta é: por que será que a Carta Capital sumiu das bancas de Goiás? Sabemos que a revista traz na capa uma matéria denunciando o senador Demóstenes Torres e a sua ligação com governo do PSDB de Goiás. Carros sem placas — é a denúncia — compraram e levaram todas as revistas”, disse Rosinha no seu pronunciamento.
Rogério Tomaz Jr.