O candidato Fernando Pimentel (PT) venceu o tucano Pimenta da Veiga (PSDB) na disputa pelo Governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. A conquista, revelada em 96% das urnas apuradas, representa uma das mais importantes vitórias do PT nestas eleições, pois Pimentel venceu na terra do presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB), que contava com a eleição de Pimenta da Veiga para dar continuidade aos 12 anos de gestão do tucanato frente ao Governo do Estado.
“Minas não tem rei nem imperador”, disse Pimentel, neste domingo, após votar, pouco depois das 9 horas, na Escola Estadual Leopoldo de Miranda, no bairro Santo Antônio, em Belo Horizonte (MG). A coligação de Pimentel foi formada pelas legendas PT, PMDB, PC do B, Pros e PRB.
O petista Fernando Pimentel vai governar o Estado com maior número de municípios no país (853) e população estimada em mais de 20 milhões de pessoas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2014. Ele vai administrar o Estado com a terceira menor renda per capita dos quatro Estados que compõem a região Sudeste (R$1.069,91), ficando à frente apenas do Espírito Santo, também conforme dados do IBGE.
Fernando Damata Pimentel, 63 anos, é economista. Iniciou-se na militância política nos movimentos estudantis de 1968, contra a ditadura militar. Vinculado ao grupo de guerrilha VAR-Palmares, foi perseguido pelos órgãos de repressão e viveu na clandestinidade. Foi preso em 1970 e libertado em 1973. Foi secretário da Fazenda de Belo Horizonte em 1993, na gestão de Patrus Ananias. Em 2000, foi eleito vice-prefeito da Capital mineira junto com Célio de Castro. Em 2003, assumiu o cargo de prefeito, em razão da aposentadoria de Célio de Castro.
Disputou uma vaga no Senado nas eleições de 2010, sendo derrotado por Aécio Neves e Itamar Franco. Foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil do governo Dilma Rousseff entre 1º de janeiro de 2011 e 12 de fevereiro de 2014, quando deixou o cargo para iniciar sua pré-campanha para governador de Minas Gerais. Foi sucedido no Ministério por Mauro Borges.
Denise Camarano com agências