Ferro alertou que o País precisa sintonizar a sua legislação com o que existe de mais avançado no mundo na área. Ele ressaltou a importância da adoção de fontes alternativas, embora classifique a matriz energética brasileira como relativamente limpa em relação à média mundial, com 45% de fontes renováveis.
“No texto, incentivamos as diversas modalidades de energia alternativa, estabelecendo políticas para a energia solar como fonte de aquecimento e para a energia eólica; o incentivo à participação familiar na produção de biocombustíveis; e a definição de uma política tributária que incentive o uso de fontes alternativas”, informou o relator.
PARQUE INDUSTRIAL – Ele disse que o projeto permite a consolidação de um parque industrial de fontes alternativas, como fizeram outros países que concederam incentivos fiscais e tributários com essa finalidade.
Fernando Ferro afirmou que, embora as descobertas de petróleo na camada do pré-sal criem um ambiente de motivação, o Brasil precisa continuar atento às fontes alternativas. “É preciso fazer uma mediação para que esse petróleo colabore com o surgimento de novas alternativas limpas”, acrescentou.
O deputado avaliou que o governo contribuiu pouco nos debates do colegiado e na elaboração do relatório: “Não houve uma interação como gostaríamos. O relatório não está do agrado do Ministério de Minas e Energia, que tem uma visão mais pragmática e não quer ser agressivo na implantação das fontes alternativas. Eu considero que devemos ser mais ousados.”
Um pedido de vista coletivo adiou a votação do parecer para 7 de outubro. A matéria tem caráter conclusivo e, se aprovada na comissão, seguirá para o Senado.