O parlamentar ponderou, entretanto, que o maior impasse pelo qual atravessa o país nessa área é compatibilizar o fornecimento de energia com o mínimo de impacto ambiental e social. Na avaliação de Fernando Ferro, “o impacto está presente até mesmo nas fontes renováveis, como a energia solar e a eólica, que ocupam área, alteram a geografia no ambiente, modificam e afetam de alguma maneira a fauna e a flora”, disse.
Para o deputado, além de aproveitar as fontes limpas, o Brasil deve fazer o debate e reconhecer as críticas dos trabalhadores atingidos por esses empreendimentos. Ele defendeu a criação de mecanismos de compensação, como “se faz com o petróleo, com os royalties”, e lembrou que além da energia, as hidrelétricas geram recursos para as prefeituras.
Na avaliação do deputado do PT, “há uma crítica insana contra as hidrelétricas no Brasil, movimento patrocinado, em muitos casos, por ONGs estrangeiras, “que talvez estejam interessadas em trazer a energia nuclear para o país no lugar da hidrelétrica”. Apesar de a energia nuclear ser limpa, porque não gera carbono, Fernando Ferro, lembrou que ela tem um problema muito sério: o rejeito nuclear. “Nós não conseguimos reciclar o lixo nuclear, que é perigoso e que é de difícil manuseio. Por isso que é inviabilizado”, afirmou.
Fernando Ferro lembrou que o mundo está sobressaltado com o acidente de Fukushima, de Chernobyl, e “está puxando o freio de mão da usina nuclear”, e a tendência é desativá-la. “A Alemanha já decidiu desativar as 30 usinas nucleares e usar outras formas de energia”, explicou Fernando Ferro, que visitou o país recentemente.
O deputado elogiou o Programa Luz para Todos, que beneficia atualmente mais de 13 milhões de pessoas. “O direito a energia é um direito humano e melhora a qualidade de vida. Esse programa foi iniciado no governo do ex-presidente Lula e continua no governo da Presidenta Dilma. Além de combater a miséria, ele propicia as populações rurais com energia para a irrigação, para microindústria e dinamiza o comércio de eletrodomésticos, de postes, de fiação e de equipamentos”, concluiu Fernando Ferro.
Ivana Figueiredo