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Foto: Gustavo Bezerra
Ao participar da Comissão Geral no Plenário da Câmara que discutiu a seca no Nordeste, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, fez uma defesa contundente das ações promovidas pelos Governos Lula e Dilma nos últimos 10 anos e que beneficiaram intensamente a região. “Foi um presidente retirante, que saiu de Garanhuns (PE) e chegou à Presidência da República, sem negar suas origens, que iniciou uma grande transformação na região”, disse o ministro, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fernando Bezerra discursou munido de fartos números e exemplos que mostraram o atendimento do Nordeste nos últimos 10 anos. “O governo do PT investiu aproximadamente R$ 30 bilhões no semiárido nordestino, recursos advindos dos Programas de Aceleração do Crescimento, PACs 1 e 2. Não estamos falando só de números, de intenções, mas de ações, de obras de pedra e cal, licitadas, que estão em curso e vão garantir uma infraestrutura hídrica que permita ao Nordeste alcançar a segurança hídrica tão sonhada”, afirmou. Entre as obras citadas pelo ministro estão as adutoras do algodão e do Irecê, na Bahia; a barragem de Figueiredo, no Ceará e o sistema adutor de Piaus, no Piauí.
Dos R$ 30 bilhões investidos nos governos do PT, R$ 8,2 bilhões serão destinados à transposição do Rio São Francisco, projeto iniciado na gestão de Lula, e considerado a “mãe de outras obras” pelo ministro. Para Fernando Bezerra, a segurança hídrica do Nordeste não se “esgota” com a transposição do São Francisco. Ela é apenas o começo e garante a aproximação das águas do São Francisco das áreas mais secas e mais necessitadas.
Apesar da longa estiagem no semiárido nordestino e dos prejuízos, principalmente, na agropecuária, o ministro lembrou que os problemas da seca não são resolvidos apenas com as grandes obras, já que a população do semiárido está espalhada pelas caatingas e agrestes. “Foi por essa razão que a presidenta Dilma criou o Programa Água para Todos, com investimentos de mais de R$ 4,7 bilhões para a construção de cisternas, barragens subterrâneas e pequenos abastecimentos de água”, ilustrou. De acordo com o ministro, os recursos federais estão sendo liberados para os estados e para os órgãos de combate à seca como a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).
O ministro listou ainda uma série de ações do governo, destacando o crescimento da região Nordeste em relação às demais regiões do Brasil. “A renda no semiárido cresceu mais de 60% e isso foi possível porque temos política em tecnologia e de crédito”. Ele registrou o aumento da aplicação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o semiárido de 31%, em 2004, para 39%, em 2012, totalizando quase R$ 5 bilhões. Mesmo assim, o ministro reconheceu que a renda per capita do semiárido nordestino corresponde a 33% da renda média do brasileiro.
Ivana Figueiredo