A federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV, anunciou hoje (29) apoio para a recondução do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o cargo, no ano que vem. Os três partidos terão na próxima legislatura 81 deputados – 69 do PT, 6 do PCdoB e 6 do PV.
O PSB, partido do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, também anunciou apoio a Lira, que vai disputar a reeleição para continuar no cargo por dois anos, entre 2023/25. Na nova legislatura, o PSB terá 14 parlamentares. A eleição para a presidência da Casa será no início de fevereiro.
De acordo com o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), o apoio à reeleição do atual presidente da Casa insere-se numa “agenda de reconstrução do País, agenda que o próprio presidente Arthur Lira foi o primeiro a reconhecer, na legitimidade das urnas, do voto popular”.
Segundo Lopes, “é fundamental a estabilidade institucional”, com a conformação de um bloco de governo “que possa dar ao País e ao presidente Lula estabilidade, governabilidade, uma base sólida para implementar aquilo que foi contratado pelo povo brasileiro nas urnas”.
A decisão de apoiar Lira foi tomada durante reunião da Federação, realizada na tarde desta terça-feira, na Câmara dos Deputados, sob coordenação de Reginaldo Lopes.
PEC do Bolsa Família
Entre as tarefas imediatas, o líder do PT destacou a importância da aprovação da PEC do Bolsa Família — a PEC 32/2022 protocolada nesta terça-feira no Senado –, que propõe excluir o Bolsa Família do teto de gastos do governo, no valor de R$ 175 bilhões. A proposta permite a concessão de benefícios do Bolsa Família no valor de R$ 600,00 mensais, além de R$ 175,00 mensais por criança de até 6 anos pertencentes às famílias mais vulneráveis.
O parlamentar frisou que a agenda em negociação com Lira pressupõe, entre outras coisas, tirar de novo o Brasil do Mapa da Fome, já que 33 milhões de brasileiros padecem atualmente dessa mazela, incluindo 10 milhões de crianças.
Assim, sublinhou, a aprovação da PEC do Bolsa Família “é o primeiro passo para abrir espaço orçamentário” e garantir a implementação de políticas fundamentais em áreas como saúde, incluindo o resgate do Farmácia Popular, o aumento real do salário mínimo e a recomposição do orçamento das universidades, além de assegurar folga orçamentária para a realização de investimentos em obras de infraestrutura, para gerar empregos e renda.
De acordo com o líder do PT, tem sido negociada também a criação de um “bloco da governabilidade, em conversações que envolvem cerca de 15 partidos políticos.
O tamanho dos blocos e dos partidos são levados em conta para a distribuição das vagas na Mesa Diretora, responsável pela condução dos trabalhos legislativos e a administração da Casa, e das presidências das comissões permanentes.
Assista a íntegra da coletiva:
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Redação PT na Câmara