Federação Brasil da Esperança nasce do anseio de grande parcela do povo brasileiro, afirma Gleisi  

Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Em discurso contundente e emocionante feito na tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (20), a presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffmann (PR), saudou a criação da primeira federação partidária, que ela denominou de a Federação Brasil da Esperança. Para Gleisi, o momento em que se constitui a federação – composta pelo PT, PCdoB e PV -, é de grande importância para o País que, segundo ela, “vive nas trevas”.

“Este País é governado por um homem que não tem apreço à democracia, que instiga o ódio, a violência, que instiga todas as coisas ruins como forma de fazer política e disputa. Nós temos que vencer isso, tirar o Brasil das trevas em que ele está. Portanto, devemos unir os partidos, os movimentos que realmente acreditam e lutaram pela democracia neste País”, argumentou.

Para Gleisi, a Federação Brasil da Esperança nasce com uma expressão do anseio de grande parcela do povo brasileiro “pela inadiável superação da profunda crise social, econômica e política em que o Brasil se encontra”.

A presidenta do PT afirmou ainda que o imenso sofrimento e a falta de perspectiva da maioria da população “é fruto de políticas neoliberais e autoritárias aprofundadas por um Governo que mantém sob ameaça constante à Constituição e o próprio sistema democrático em nosso País”.

Compromissos

A deputada chamou a atenção de seus pares para os compromissos que assumem os partidos democráticos e progressistas que compõem a nova conformação partidária. Ela citou que a questão central do programa e objetivo político é a tarefa da reconstrução e da transformação nacional.

“Assumem, portanto, um compromisso com a sociedade brasileira em torno da superação do estado neoliberal e da consolidação de um estado social, assentado nos pilares da democracia, do desenvolvimento, da sustentabilidade ambiental, da soberania nacional, do combate às desigualdades, da ampliação e da retomada dos direitos da classe trabalhadora e da promoção do conjunto dos direitos da cidadania do povo brasileiro”, elencou Gleisi.

A parlamentar destacou ainda o compromisso assumido pelos partidos integrantes da federação, o fortalecimento e equilíbrio dos poderes, com a restauração plena do Estado Democrático de Direito e com o avanço do estado social, conforme preconiza a Constituição Federal, “com a transparência das ações de Governo, a defesa do patrimônio público e o combate permanente aos desvios e à corrupção em absoluto respeito ao devido processo legal”.

Outro ponto destacado por Gleisi foi a construção de um projeto de desenvolvimento econômico e produtivo, social e ambiental, com democracia, inclusão e soberania. Para ela, esse projeto precisa dar respostas “aos dilemas e desafios da contemporaneidade e que seja capaz de enfrentar as amarras do neoliberalismo contra as instituições, contra a cultura democrática e contra o crescimento econômico”.

Combate à fome

A deputada disse também que é tarefa emergencial combater a fome, gerar empregos, aumentar salários e aposentadorias e acabar com a inflação. Segundo ela, isso exige “retirar a economia nacional do atoleiro, da estagnação, e empreender a reconstrução nacional com a imediata retomada do crescimento da indústria, da infraestrutura e da geração de postos de trabalho e a garantia da soberania alimentar, com o avanço da reforma agrária e do apoio à pequena e à media propriedade agrícola”.

Patrimônio Nacional

Essas questões, de acordo com a deputada, também exigem a proteção do patrimônio do País e recompor o Estado nacional e as empresas estatais. Isso, segundo ela, para que cumpram o seu papel de coordenação e indução do processo de desenvolvimento econômico e progresso social do País, “promovendo um modelo de desenvolvimento econômico justo, solidário e sustentável”.

Expressão democrática

Gleisi Hoffmann destacou que a Federação de Partidos nasce quando o País celebra 200 anos de independência e de lutas sociais pela soberania nacional, “com a responsabilidade de construir na expressão democrática das urnas e na mobilização do povo a legitimidade para alcançar uma vida melhor aos brasileiros, promovendo as mudanças de que o País precisa”.

“A federação, com certeza, como um instituto novo, terá vários desafios”, reconheceu.

Carta-programa

A parlamentar reconheceu o esforço dos partidos e a dedicação que empreenderam pela construção conjunta de um estatuto e de uma carta-programa ao povo brasileiro. Ela assegurou que a carta será publicada na íntegra para que a sociedade brasileira “conheça os nossos propósitos e, principalmente, o compromisso que temos com o povo brasileiro”.

Demarcação do campo político

Gleisi explicou que a federação não é uma simples coligação. Segundo ela, é a união desses partidos por um período mínimo de 4 anos para efetivamente demarcar um campo político e poder lutar conjuntamente por aquilo em que todos acreditam. “Por isso, saúdo a todos aqueles que participaram desse esforço, aos nossos Parlamentares, à bancada do PT, à bancada do PCdoB, à bancada do PV, que estiveram juntos na composição, na discussão e no avanço da federação”, reiterou.

 

Assista o pronunciamento:

 

Benildes Rodrigues

 

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