Em 2016, ano em que Michel Temer e seus aliados golpearam o País, retirando uma presidenta legitimamente eleita do Poder, o Brasil fechou 64.638 empresas e perdeu 2,1 milhões de postos de trabalho. Entre 2015 e 2016, o número de empresas registradas no Brasil caiu 1,3%, de 5.114.983 para 5.050.615. E o total de empregados caiu 4% – de 53.541.695 para 51.411.199. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Cadastro Central de Empresas (Cempre), vinculado ao IBGE.
Os setores de construção e indústria foram os mais prejudicados. O primeiro dispensou 20% de seu pessoal entre 2015 e 2016. Já a indústria extrativa e de transformação perderam ao todo 430 mil vagas. Os serviços financeiros foi um dos únicos segmentos a registrar leve crescimento.
A deputada Margarida Lula Salomão (PT-MG) comentou o “triste” resultado da economia brasileira na sua conta no twitter. Ela destacou o número alarmante de empresas fechadas – 64.368 e lamentou o fato de 2,13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras tenham perdido seus postos de trabalho. “Construção e indústria estão entre os setores que mais sofreram. Já energia e serviços financeiros tiveram crescimento. Entenderam por que os bancos públicos e a Eletrobras estão na pauta das privatizações?”, provocou.
O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Lula Pimenta (RS), também comentou a estatística do Cadastro Central de Empresas, no governo golpista de Temer. “Com o golpe, Brasil ficou menor, fechou 64 mil firmas e perdeu 2,1 milhões de vagas no mercado de trabalho. Valeu a pena?”, questionou na sua rede social.
E o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) ao fazer a avaliação do fraco desempenho da economia brasileira depois do golpe que retirou a presidenta eleita Dilma Rousseff do poder, pediu que a população fique atenta e “na resistência para fazer o Brasil voltar a crescer e ser feliz de novo”.
Retração Econômica – Para Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, Casa Civil e Ciência, Tecnologia e Inovação nos governos Dilma, os números do Cadastro Central de Empresas, são resultado de uma retração econômica prolongada e levada às últimas consequências com a política do golpe. “O governo sem votos de Michel Temer é um anão diplomático, implantou uma política de arrocho fiscal permanente com a Emenda Constitucional 95 e cortou investimentos em programas sociais, o que gerou restrições severas ao crescimento”, aponta Aloizio Mercadante.
O ex-ministro disse ainda que o governo Temer e aliados estão comprometendo os investimentos futuros, com a privatização dos recursos estratégicos do pré-sal e com restrições ao acesso ao crédito público, por meio do esvaziamento do papel dos bancos públicos, como BNDES, Banco do Brasil e Caixa.
Governos Petistas – Com Lula e Dilma o País cresceu. Entre 2011 e 2013, no primeiro governo Dilma, esse mesmo estudo registrou um crescimento de 263.029 empresas em todo o País. A alta era puxada pelos setores imobiliário, educação, administração, ciências e saúde.
Aloizio Mercadante afirma que a retomada do crescimento da economia brasileira depende de um mercado interno forte; da volta dos investimentos públicos; e de um governo respaldado pelas urnas. “Todos nós sabemos que, como indicam todas as pesquisas, a liderança capaz de reunir todas essas características e fazer o Brasil voltar a crescer e o povo ser feliz de novo se chama Lula”, concluiu.
PT na Câmara, com PT de Notícias