Fechamento de agências do Banco do Brasil atende somente interesses dos bancos privados, acusa Assis Carvalho

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O deputado petista Assis Carvalho (PI) criticou, nesta terça-feira (22), a decisão do Conselho de Administração do Banco do Brasil que decidiu, no último domingo (20), fechar 14% do total de agências da instituição. Segundo o parlamentar, a decisão atende ao interesse de domínio do mercado pelos bancos privados e deve prejudicar milhares de correntistas em todo o país. Na chamada reorganização institucional do banco, 402 agências deixarão de existir e outras 379 serão transformadas em posto de atendimento. A instituição também anunciou que vai incentivar a aposentadoria de 18 mil funcionários.

“Pela lógica do Estado mínimo, trabalhada nos anos 90 durante o governo tucano de FHC, a atuação dos bancos públicos – entre eles Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste- deve ser desestimulada em benefício do crescimento dos bancos privados. O grande prejuízo para a sociedade é que os bancos públicos atuam como reguladores do mercado, ampliando a oferta de financiamento e oferecendo crédito mais barato”, explicou Assis Carvalho.

Sobre o fechamento de agências, várias delas em cidades do interior, o parlamentar destacou que a medida vai dificultar a vida de milhares de pessoas.

“Imagine um pequeno agricultor, ou uma pessoa pobre que mora no interior e só tem essa agência perto da sua casa? Essa decisão, com certeza, dificultará o acesso aos serviços bancários. Por isso essa medida é um crime contra o Estado, mas também uma crueldade com essas pessoas mais humildes que não terão mais uma agência perto de casa”, destacou.

Com a reorganização institucional, o Banco do Brasil estima economizar o montante de R$ 750 milhões no próximo ano. Nesse cálculo não está previsto a economia com a aposentadoria estimulada de funcionários.

Procon– O Procon do Maranhão notificou na manhã desta terça-feira (22) a Superintendência do Banco do Brasil no estado por conta das decisões anunciadas de fechamentos de agências. No estado, 13 agências serão atingidas e 248 funcionários podem sair do mercado.

Héber Carvalho

Foto: Luiz Macedo/Agência Câmara

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