Fátima saúda população negra e pede reflexão sobre desigualdades

10-06-10-fatima bezerra-D2A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) manifestou solidariedade com a população negra brasileira pela passagem do dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro. “Saúdo, especialmente, os militantes da causa negra que lutam diariamente pela igualdade de direitos para todos os brasileiros e atuam no combate sem tréguas ao racismo”, afirmou Fátima Bezerra.

O aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, ocorrida no dia 20 de novembro, há 315 anos, foi adotado pelo Movimento Negro Brasileiro como o Dia Nacional da Consciência Negra.

De acordo com a parlamentar petista, além das homenagens a Zumbi dos Palmares e a todos que dedicaram suas vidas à luta pela justiça social, este é um momento propício para fazer um balanço da questão racial e do lugar dos negros em nossa sociedade. “A exploração da população africana como mão de obra escrava até fins do século XIX fincou marcos elitistas na sociedade e contaminou o trabalho e os trabalhadores com o preconceito, pelo fato de serem exercidos pelos escravos, como classe inferior. Um simples olhar ao nosso redor mostra o malefício que essas experiências trouxeram e o quanto foram determinantes na constituição da sociedade brasileira”, destacou Fátima Bezerra.

“Embora a realidade nos mostre um Brasil mestiço, os dados apontam que o item raça é um poderoso definidor dos lugares sociais em nosso Brasil, em pleno século XXI. A diferença de oportunidades entre negros e brancos parece ser construída como um caminho sem alternativas para a população negra, desde os primeiros anos de vida”, disse a deputada petista.

Pesquisa realizada este ano pelo Instituto Ethos e o Ibope, acrescentou Fátima Bezerra, revela que houve avanço na luta pela igualdade racial, mas ainda há desigualdade. “O governo Lula avançou na luta contra a discriminação racial e criou, inclusive, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. É fato, também, que a exclusão social, que historicamente tem afetado a população negra, continua de forma muito dramática. Os negros são mais discriminados ainda se comparados com a população branca, seja no acesso ao mercado de trabalho, seja no acesso à educação. A taxa de analfabetismo é duas vezes maior na população negra, e os brancos têm, em média, dois anos a mais de estudo”, ressaltou a parlamentar petista.

Fátima Bezerra também afirmou que, segundo dados do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (IPEA), na questão salarial, a renda dos brancos costuma ser o dobro da dos negros. “O rendimento médio dos negros é de R$ 2,2 salários mínimos, enquanto para os brancos alcança um rendimento médio nacional de 4,3 salários mínimos”.

Para a parlamentar petista, o combate à desigualdade racial não é tarefa apenas do governo. “Este é um desafio para toda a sociedade. Somente quando todos, homens e mulheres, nos conscientizarmos dos efeitos perversos da discriminação racial é que poderemos construir em nosso país mestiço, a igualdade social e racial desejada”, enfatizou.

No Dia Nacional da Consciência Negra, finalizou Fátima Bezerra, “queremos refletir com a sociedade na direção sobre aquilo que é a nossa utopia, que é de fato construir uma nação sem preconceitos, seja de que ordem for, uma nação solidária e fraterna para todos os brasileiros e brasileiras”.

Gizele Benitz

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