O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), ironizou hoje o comportamento da oposição integrada pelo PSDB e DEM, que continua “sem eixo” e, consequentemente, sem rumo. Segundo ele, o problema da oposição é se encontrar e achar um eixo, mas nada indica que terá êxito na empreitada.
As observações foram feitas a propósito de críticas “equivocadas” que o líder do DEM, ACM Neto (BA), fez hoje em plenário ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O ataque raivoso do líder ACM Neto o diminui, assim como o diminuiu o fato ocorrido quando ele ameaçou o presidente Lula fisicamente. A política não admite senão o bom debate, a boa contenda, a disputa de ideias. E hoje ele interpretou inversamente a fala do ex-presidente da República”, disse Paulo Teixeira.
O dirigente do DEM – partido derivado do PFL, que antes fora PDS e Arena — criticou Lula por entrevista a respeito do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal sobre recursos de campanha que não foram contabilizados, nas eleições de 2002. Mas, conforme lembrou Paulo Teixeira, Lula apenas previu que o julgamento poderá ocorrer por volta de 2050, caso sejam incorporadas novas diligências aos autos do processo.
“O ex-presidente Lula disse que quer o julgamento este ano. Vários dos implicados naquele processo no STF querem que o julgamento aconteça este ano, porque muitos deles querem defender a sua inocência”, disse o líder do PT.
Paulo Teixeira lembrou que, ao contrário do governo Fernando Henrique Cardoso, que foi apoiado pelo DEM, o governo Lula nunca segurou uma investigação. “No governo FHC, o procurador Geral da República, Geraldo Brindeiro, era conhecido como engavetador – geral da república”, disse Teixeira. Em contraste, observou que o relatório da PF que foi elaborado a pedido do STF não sofreu nenhuma pressão para que fosse efetuado.
“O governo do presidente Lula demonstrou que agia diferentemente do governo FHC, que nada apurava quando se tratava de questões contrárias ao governo. A Polícia Federal não tinha garras, diferentemente do governo Lula e da presidenta Dilma Rousseff: agora é uma Polícia Federal bem remunerada e que produz relatórios e ações, ainda quando podem ter algum envolvimento justo ou injusto com membros do governo”, finalizou.
Equipe Informes
