Eventos vão confirmar Estado de Exceção no Brasil

O Brasil vai viver um momento singular na próxima sexta-feira (11), Dia Nacional de Luta pelo Direito, com dois grandes eventos que vão expor as arbitrariedades e o atropelo do devido processo legal na condução da Operação Lava Jato. As manifestações vão mostrar também a perseguição implacável da “turma de Curitiba” – como ficaram conhecidos juízes e promotores que comandam a operação – ao ex-presidente Lula.

Em Curitiba, a Frente Brasil Juristas pela Democracia e o Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia organizam o “Tribunal Popular” da Lava Jato, às 14h, evento que vai simular um julgamento real da Lava Jato, com jurados, advogados de acusação e defesa e um juiz, Marcelo Tadeu Lemos, da 12ª Vara Criminal de Maceió (AL). Prevista também a participação da presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

No Rio de Janeiro, no mesmo dia, a Universidade Federal do Rio (UFRJ) promove um grande evento, a partir das 17h, com a presença do ex-presidente Lula, para o lançamento do livro “Comentários a uma sentença anunciada: O Caso Lula”. São103 artigos assinados por 123 advogados, juristas, mestres e doutores em Direito, com análise crítica da sentença do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenando o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão.

Nesta entrevista ao jornal PT na Câmara, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), ex- presidente da OAB/RJ que acompanhará o ex-presidente Lula no lançamento do livro no Rio, explica a importância dos dois eventos.

 Qual o objetivo desse tribunal popular e do livro sobre a sentença anunciada de Lula?

O tribunal popular é uma forma criativa de denunciar as arbitrariedades cometidas na Operação Lava Jato e a perseguição do juiz Sergio Moro ao presidente Lula. Será um tribunal formal, com júri, acusação e defesa, com o objetivo de popularizar o entendimento do processo. Os juristas vão mostrar como os juízes e procuradores Curitiba agiram. E, com esse julgamento técnico e político, vão mostrar como eles rasgaram a Constituição, como condenaram sem prova.

O livro também é uma forma de denunciar a perseguição, o desmonte do Estado Democrático e de Direito, os ataques aos direitos fundamentais inscritos na Constituição Federal e a confirmação de um Estado de Exceção, em que o arbítrio torna-se a regra.

 Na sua avaliação, quais foram as principais irregularidades da Lava Jato?

Foram muitas, mas destaco o uso indiscriminado da condução coercitiva, o excesso da delação premiada, a aceitação de provas ilícitas e a condenação sem prova, além da parcialidade e da seletividade da operação.

E porque é uma operação seletiva?

Porque a Lava Jato foi uma operação montada para perseguir o Partido dos Trabalhadores, mais especificamente o presidente Lula. Porém, o sistema de Justiça se mostrou sem controle. Virou um monstro e atingiu outros partidos como o PMDB e o PSDB, por exemplo, mas o foco continuou sendo os ataques ao PT. E, quero deixar bem claro, condenamos todas as arbitrariedades e excessos cometidos, independentemente de partido.

Especificamente contra Lula, quais foram as arbitrariedades?

Elas vão da condução coercitiva de Lula sem qualquer necessidade e sem amparo legal, passa pelo emblemático caso do PowerPoint, pela interceptação da conversa de Lula com a presidenta eleita Dilma Rousseff, pelo vazamento desta interceptação e vai até à condenação sem provas.

E até agora, qual balanço dessa operação?

Lamentavelmente temos mais pontos negativos do que positivos. A Lava Jato quebrou a economia, causou desemprego, adotou prática que atropelou a lei e a ordem jurídica, usou o Direito com fins políticos, e, no final das contas pouco contribuiu para reduzir a corrupção, que deve ser firmemente combatida, mas dentro do devido processo legal e com respeito aos direitos fundamentais.

De positivo, a operação só serviu para expor a corrupção existente no País.

E o que dizer da sentença do juiz Sergio Moro no processo contra Lula?

Aquilo não é uma sentença, é uma peça acusatória de um juiz justiceiro, é um lixo. A questão central do processo, que é a titularidade do imóvel (apartamento no Guarujá) que teria sido recebido por Lula, em contrapartida aos atos que beneficiariam empresas, é tratada pelo juiz com absoluto desdém, a ponto dele dizer que no processo ‘não se está discutindo questões de direito civil, ou seja, a titularidade formal do imóvel, mas questão criminal’. Ora, era fundamental que o Ministério Público provasse que Lula recebeu o referido imóvel. Na verdade, para a turma de Curitiba Lula estava condenado antes mesmo de ser julgado.

 E como reverter tantas irregularidades, qual a saída?

A equipe do presidente Lula já está recorrendo, a expectativa é a de que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região possa, de forma imparcial, reformar a sentença e corrigir essa injustiça. Mas, infelizmente, estamos vivendo um Estado de Exceção. Só a mobilização popular será capaz de reverter essa injustiça.

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex