Foto: Roberto Stuckert Filho
Durante discurso em encontro com partidários do Partido Social Democrático (PSD) nesta quarta-feira (5), no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “o Brasil necessita” de uma reforma política. Ela disse que conta com o apoio do PSD no Congresso para garantir que essa e outras importantes mudanças sejam efetivadas por esse próximo governo e legislatura.
“É óbvio que ela [reforma política] passa pelo Congresso, mas também não podemos descuidar da presença e dos interesses populares expressos durante toda campanha, dos sete milhões de assinaturas arrecadadas, das propostas colocadas e temos de entender este processo”, afirmou Dilma.
A presidenta lembrou que as eleições apontaram que os brasileiros querem “reformas e mudanças” e por isso pediu apoio dos parlamentares.
“Eu quero também dizer que farei as mudanças que todos nós escutamos ao longo da campanha eleitoral, antes da campanha eleitoral e sabemos que estamos escutando sistematicamente. Essas mudanças, nós temos de saber que elas serão o resultado da vontade, do trabalho e da articulação do governo, dos partidos que integram nossa base aliada, do Congresso, e portanto, dos partidos da base com a oposição”, disse.
Além da reforma política, Dilma destacou a necessidade de uma reforma tributária. Para ela, o modelo e caminho a ser seguido deve ser a universalização do Simples, medida que foi implementada e liderada pelo ministro das Micro e Pequenas empresas, Guilherme Afif. “Mostra uma direção de simplificação, de unificação e de fim da burocracia”, avaliou.
Dilma citou como um dos maiores desafios brasileiros o de combater a inflação e ajustar as contas públicas mantendo conquistas sociais e melhorando os serviços públicos como saúde, educação e segurança. Aos governadores presentes, a presidenta ressaltou que a discussão faz parte de uma questão federativa e é fundamental ações coordenadas dos entes federados.
“Agora, tem vários desafios que nós vamos ter de enfrentar, principalmente o fato de que muitos dos órgãos que executam na ponta a política de educação e saúde (…) não é feita diretamente pela União, e portanto, passa por essa questão federativa que nós temos de olhar com todo cuidado que é a relação com municípios e estados”, afirmou.
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