Reforma Trabalhista de Temer só recua com mobilização

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Durante mais uma rodada de debates da comissão especial da Reforma Trabalhista (PL 67/87/16), nesta quinta-feira (15), especialistas da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho voltaram a criticar o conteúdo do projeto do governo ilegítimo de Michel Temer. Para eles, a saída para a crise que o país enfrenta não está na precarização das relações do trabalho e nem na revogação dos direitos trabalhistas garantidos na legislação.

Esses argumentos foram classificados como “sólidos” pelos deputados do PT que acreditam que só uma grande mobilização nacional será capaz de barrar esse projeto nefasto ao povo trabalhador.

“Por mais sólidos que sejam os argumentos contrários ao projeto, o governo só vai refluir se as ruas assim determinarem”, sentenciou o deputado Wadih Damous (PT-RJ) que presidiu a mesa de debate.

“Só vai refluir se continuarmos mobilizados e dobrarmos o número de pessoas que colocamos nas ruas ontem, o que foi um número significativo”, avaliou o parlamentar, se referindo à massa que foi para as ruas na quarta-feira (14) para protestar contra a reforma da Previdência, também em debate no Congresso Nacional.

Para o deputado, a população precisa entender o que está por traz do projeto da reforma Trabalhista. Segundo ele, a proposta foi encomendada pelo capital financeiro, do qual o governo Temer é um apêndice. “Esse projeto é muito importante para o interesse rentista, do capital parasitário, do capital não produtivo. Então, precisamos colocar a Reforma Trabalhista no centro do debate, como a Reforma Previdenciária”, recomendou Wadih Damous.

Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG), a população não pode aceitar que, mais uma vez, a conta seja jogada nas costas da classe trabalhadora e dos mais pobres do país. “Nós esperamos que a sociedade, assim como aconteceu ontem (14) – um dia esplêndido para o exercício da cidadania e da dignidade nacional – a sociedade também se mobilize e faça prevalecer a sua vontade em face a essas propostas do governo que só visam retirar conquistas e direitos sociais”, afirmou.

Benildes Rodrigues

Foto: Antônio Augusto/Agência Câmara

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