Erika quer convocar presidente da CBF para esclarecer abuso sexual em escolinhas de futebol

erikasoleneD1A CPI que investiga o turismo e a exploração sexual de crianças e adolescentes vai convocar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, para prestar depoimento sobre as denúncias de abuso sexual nas escolinhas de futebol do País.

O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputada Erika Kokay (PT-DF), ao registrar em plenário a série de reportagens do jornal Correio Braziliense sobre o tema. “É importante darmos visibilidade ao que até então estava invisível, muitas vezes por uma naturalização abominável da exploração sexual, mas muitas vezes em virtude da responsabilidade individualizada que se dá aos casos de abuso e, nesse caso dos clubes de futebol, até mesmo de exploração sexual”, disse.

Essas crianças e adolescentes, acrescentou Erika Kokay, “carregam um sonho de estar jogando em grandes times de futebol, não apenas para dominar a bola, mas a vida que muitas vezes não está coadunada com o sentimento e a condição humana. São meninos que acreditam, ao serem grandes astros de futebol ou estarem jogando em grandes times de futebol, ter direito de ser reconhecidos e de viverem plenamente essa mágica bela condição humana”, disse.

Na avaliação da parlamentar petista, o que o jornal traz para o conjunto da sociedade é que não torne invisível esse nível de violência que se perpetra contra essas crianças e esses adolescentes. “Para que possamos tomar as medidas necessárias para que essas crianças e adolescentes possam ressignificar as suas vidas e interromper essa trajetória de uma profunda violação dos direitos da pessoa humana”, destacou.

Providências – Além da convocação do presidente da CBF, a deputada Erika Kokay disse ainda que é preciso discutir uma alteração na Lei Pelé. “Para que tenhamos a responsabilização civil e penal dos clubes, onde as crianças e adolescentes são vítimas de violência. Não se pode atribuir a responsabilidade penal — que tem de ser responsabilizado, sim — ao agressor. É preciso entender que aquela criança está sendo chamada pelo brasão do próprio time para exercer uma atividade dentro do time. O clube portanto tem de ser responsabilizado também”.

Gizele Benitz

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