A Vigília Lula Livre, em Curitiba (PR), está pronta para receber a visita do Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente vai cumprir sua promessa de visitar os militantes que o acompanharam nesses 580 dias de prisão política. Grades estão sendo colocadas no caminho entre a sede da Superintendência da Polícia Federal e a Vigília que já está tomada por simpatizantes de Lula e muita gente está chegando ao local. As ruas no entorno foram fechadas para a passagem de carros.
De acordo com a presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (RS), Lula aguarda a decisão da Vara de Execuções Penais sobre cumprimento da decisão do STF. A juíza responsável, Carolina Lebbos, está em férias e seu substituto é o juiz Danilo Pereira Júnior.
“O presidente está tranquilo e, se sua liberação acontecer hoje, como todos esperamos, visitará a Vigília Lula Livre e seguirá para São Paulo, onde encontrará amigos e a militância , amanhã, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo”, disse Gleisi.
A dirigente petista recomenda tranquilidade. “Vamos seguir tranquilos, como está o presidente, e evitar as provocações que podem vir do clima de ódio e do extremismo da direita, para não estragarmos este momento de alegria, de uma etapa vencida na busca da defesa da democracia e da justiça para Lula. Seguimos nessa caminhada pela liberdade plena de Lula com a anulação das sentenças injustas contra ele”.
Lula Livre
Reportagem da Folha de S.Paulo relata que o tradicional “bom dia presidente Lula” foi entoado às 9h por uma centena de pessoas. “Perto das 10h, o advogado Cristiano Zanin chegou ao prédio da PF. Um manifestante perguntou, gritando, ao defensor se o político ‘sai hoje’. Zanin acenou positivamente. Já na saída, o defensor disse que Lula está ‘sereno’, à espera da decisão”.
Ainda segundo a reportagem, dois policiais federais à paisana dividiam espaço com os militantes na Vigília. Eles disseram trabalhar na Superintendência onde Lula está preso e compraram camisetas com a estampa do ex-presidente nas barracas montadas no local. “Pode ser o último dia, aproveitei para comprar. Não é todo mundo que apoia o governo”, justificou o escrivão Farley Dias, 43.