Entidades promovem Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

bandeira_lgbt_dest2Muitas atividades acontecem esta semana no país para comemorar o 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, instituído em 1996, em referência ao I SENALE – Seminário Nacional de Lésbicas, ocorrido no Rio de Janeiro.

Em 2003, durante o V SENALE, realizado em São Paulo, as lésbicas reafirmaram essa data e decidiram realizar atividades em todo o País. Desde então, ano a ano, crescem em número e qualidade as ações pela visibilidade lésbica.

Para a Marcha Mundial das Mulheres, o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é um momento para o resgate “da luta das lésbicas e bissexuais nos movimentos feministas, mistos e LGBT. Denunciamos o sistema patriarcal e capitalista que oprime as mulheres. Denunciamos a heteronormatividade (a imposição da heterossexualidade como norma e padrão da sociedade). Lutamos por nossas alternativas políticas e pelo fim da discriminação a da violência contra as lésbicas e bissexuais baseada na sexualidade”. A MMM, além de levar de divulgar o Dia da Visibilidade, também convida a todos que reconhecem o direito à diversidade a juntar-se às ações do dia 29 colocando panos coloridos em suas janelas.

A Liga Brasileira de Lésbicas realiza no domingo, 29 de agosto, roda de conversa e apresentação de peça teatral, em São Paulo. A roda começa às 14 horas e tem como tema “Visibilidade Lésbica em suas diferentes matizes”. As convidadas para a conversa são Tatiane Reis, da UFRJ, Agnes Prado, Camila Furchi, da Marcha Mundial das Mulheres, Lucinha Silva, do Instituto Amma Psique e Negritude e Marcela Mattos, do Coletivo de Mulheres da Baixada Santista-SP e será mediado por Veronica Silveira, da LBL-SP.

Após a conversa, que acontece no SindiSaúde (Rua Cardeal Arcoverde, 119, próximo ao metrô Clínicas, São Paulo), será apresentada a peça Carne Patriarcado e Capitalismo, da Kiwi – Companhia de Teatro / Cooperativa Paulista de Teatro.

Para a Liga Brasileira de Lésbicas, as ações pela visibilidade representam resistência ao machismo, ao patriarcado e sua expressão mais nociva – a heterossexualidade como norma. A Visibilidade Lésbica é uma forma de dizer não ao cerceamento sobre nossos desejos e afetos.

A região do ABC, também em São Paulo, realiza a II Virada Lésbica. Em Brasília, foi marcada a 6ª Caminhada Lésbica. A entidade ABCD’S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual) realiza a II Virada Lésbica de Santo André, nos próximos dias 28 e 29 de agosto.

No planalto central Em seu chamado para a 6ª Caminhada Lésbica, a Coturno de Vênus – Associação Lésbica Feminista de Brasília, diz que a atividade é “política e visa não só dar visibilidade para o movimento de lésbicas e mulheres bissexuais, bem como promover o convívio respeitoso, garantindo direitos de trânsito e de lazer não só para a comunidade LGBT, mas para a comunidade de forma geral”.

A organizadoras da caminhada na capital federal enfrentam problemas para conseguir autorização para realizá-la, mas a concentração está marcada para ocorrer a partir das 11 h, na Torre de Televisão e o encerramento na Praça Galdino. A praça foi palco de duas tragédias: o assassinato de Galdino de Jesus, indígena Pataxó em 1997, e o assassinato de um casal gay moradores de rua em janeiro de 2009.

No dia 26 de agosto, a CUT realiza o evento “Visibilidade Empodera”, com exibição de vídeos e exposição de fotos no Coletivo LGBT da Central. O debate, a partir das 19 horas, será com sindicalistas, militantes de partidos, pesquisadoras e a representante da Secretaria Nacional de Direitos Humanos do governo federal, Michelle Meira. As atividades serão realizadas no Sindicato dos Bancários (Rua São Bento, 413, São Paulo).

Fernanda Estima da Fundação Perseu Abramo

 

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