“O Brasil, ainda uma das dez maiores economias do mundo, não pode ser reduzido à condição de mero exportador de grãos, de carnes e recursos minerais”. O alerta é do Clube de Engenharia, de entidades empresariais e da Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional. “Abrir mão da sua base industrial nos remete novamente à condição de colônia”, denunciam engenheiros e empresários nacionais.
A crítica contundente está em manifesto que aponta para a preocupação com “a contínua deterioração da economia, que acarreta dificuldades crescentes para empresas e trabalhadores”. Para eles, “é urgente reorientar a política econômica, no sentido da redução mais rápida da taxa de juros, da racionalização da carga tributária e da retomada dos investimentos públicos”. Os signatários do manifesto também advertem para “o amesquinhamento do papel do BNDES como promotor do desenvolvimento econômico e social”.
“O maior patrimônio de um povo é seu mercado que gera demanda, e mercado é população com emprego”, advertem engenheiros e empresários.
Engenheiros e empresários denunciam a drástica contenção das compras governamentais, com graves prejuízos para a produção nacional. “Não podemos concordar com a exclusão sistemática das nossas empresas de processos licitatórios, como pode ocorrer na reativação das obras do COMPERJ”. No caso, a Petrobras – historicamente responsável por estimular a indústria local – convidou apenas empresas estrangeiras, em prejuízo das indústrias nacionais.
Em campanha pela defesa da indústria nacional, os autores do manifesto estão chamando a sociedade para somar-se no combate ao desmonte da economia. “O maior patrimônio de um povo é seu mercado que gera demanda, e mercado é população com emprego”, advertem engenheiros e empresários. “Não queremos que o Brasil seja reconhecido como um simples exportador de commodities”, concluem.
Site PT no Senado
Foto: Petrobras/divulgação