O Encontro África e a Diáspora Africana (EADA), realizado entre os dias 21, 22 e 23 de novembro, em Costa do Sauípe, Bahia, se encerrou com a elaboração de um relatório final que será entregue à União Africana como insumo para a formulação da ‘Agenda África 2063’.
“Nós cumprimos o nosso objetivo. A União Africana nos convocou para mobilizar a diáspora e discutir o ‘Renascimento Africano’”, comemorou o deputado e coordenador do evento, Luiz Alberto (PT-BA).
O relatório diz que “embora subsistam desafios significativos para a África atingir o seu pleno potencial, ela surge no século XXI como um continente de esperança e oportunidade com base em vastos recursos naturais, diversidade populacional e desenvolvimento institucional significativo”.
“Este é um longo processo e hoje demos um passo muito importante. Somos parte deste povo que quer contribuir com o desenvolvimento do nosso continente mãe”, disse a deputada e atual candidata a presidente da Costa Rica, Epsy Campbell. “Nosso objetivo é construir uma África mais humana, com paz e harmonia”, completou.
O Secretário Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Bahia (SEPROMI), Elias Sampaio, ressaltou que o renascimento da África tem correlação com o renascimento afro-brasileiro. Segundo ele, nos últimos dez anos todas as agendas propostas pelo Movimento Negro foram absorvidas pelo Governo Federal. Porém, “ainda é necessário uma inclusão social profunda no Brasil. Para isso, o relacionamento com a África pode ser essencial”, destacou.
Os participantes do EADA discutiram políticas públicas para estimular a economia criativa de empreendedores negros, com foco na governança e nos negócios, através de mesas de debates, rodadas de negócios e a FEAFRO – Feira Internacional Afro-Étnica de Negócios e Cultura. “Nós da diáspora aprendemos muito com o povo do Continente e tenho certeza que eles aprenderam muito com a diáspora”, finalizou o deputado Luiz Alberto.
Esta edição do encontro também teve o propósito de incentivar micro e pequenos empresários a investirem na África. Em parceria com o SEBRAE Nacional e a FIEB, diversos debates ocorrem sobre o tema. “Empresários, pesquisadores e estudiosos discutiram tudo o que nós podemos oferecer aos nossos irmãos africanos. Tenho certeza de que abrimos caminhos para que micro e pequenas empresas tenham diálogo com a África”, declarou o deputado Luiz Alberto.
AP
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