Cerca de três mil mulheres de 22 estados do Brasil participam desde esta segunda-feira (18) do 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas. Realizado no Parque da Cidade, em Brasília, até o próximo dia 21 o encontro tem como objetivo fortalecer o Movimento desde a base à direção Nacional, dando visibilidade ao papel importante que a mulher exerce na produção de alimentos, celebrando conquistas e planejando o futuro.
Durante os dias do encontro as mulheres vivenciarão diferentes momentos como plenárias que discutirão os temas: a produção de alimentos saudáveis, o combate à violência contra as mulheres e o feminismo. Além de estudos, discussões e vivências, as camponesas também terão atividades culturais.
Vários parlamentares petistas apoiam e também devem participar do encontro. Para a coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada Janete Pietá (PT-SP), o movimento é importante porque “pauta o governo nas discussões de políticas públicas para as mulheres do campo”.
Já para a deputada Luci Choinacki (PT-SC), uma das fundadoras do movimento de mulheres camponesas de Santa Catarina, por meio de iniciativas como essa as agricultoras já conquistaram vários benefícios. “Nós não tínhamos aposentadoria, salário maternidade, nem direito a previdência social. A maioria das agricultoras não tinha nem documento”, lembrou.
Agora, segundo Choinacki, o movimento avança com pautas inovadoras. “O movimento das camponesas está colocando em pauta uma série de reivindicações importantes. Uma delas é a questão da produção de alimentos saudáveis”, destacou. A deputada é a presidente da Frente Parlamentar da Agroecologia.
No plenário da Câmara, a deputada Erika Kokay (PT-DF) também saudou a presença das centenas de manifestantes reunidas em Brasília. “Minha saudação muito especial a esse movimento. Manifesto o desejo de que as reivindicações pontuadas por esse encontro sejam atendidas pelo Governo Federal”, afirmou.
Para o deputado Marcon (PT-RS), além da importância de articular a agenda de luta das mulheres do campo, o encontro também deve contribuir para “estimular as mulheres a lutarem pela sobrevivência da pequena propriedade rural”, ressaltou.
André Lage e Héber Carvalho