Emprego: Brasil tem março histórico na geração de vagas

mrands_A geração de empregos no mercado de trabalho formal bateu novo recorde em março. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o número de vagas criadas no mês passado foi o maior para o período desde 1992. O melhor resultado havia sido registrado em 2008, quando foram gerados 204 mil empregos em março. “A economia está crescendo em ritmo consistente, principalmente a indústria.

Vamos gerar mais de 2 milhões de empregos formais neste ano”, declarou o ministro.
Segundo Carlos Lupi, o salário do trabalhador acumulou crescimento real de 26,65% entre 2003 e 2009, o equivalente a ganho médio anual de 4%. A renda média do trabalhador saltou de R$ 616,2, em dezembro de 2002, para R$ 780,5 em dezembro.

O melhor ganho na remuneração foi dado aos trabalhadores da administração pública e autárquica, com aumento real acumulado de 56,1%. Outro crescimento acentuado foi observado na agricultura, silvicultura e criação de animais, com alta acumulada de 47,32%. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e serão anunciados na próxima semana.

Para o ministro, o resultado demonstra a “melhoria” nas políticas públicas voltadas para o trabalhador. Já o economista da consultoria LCA, Francisco Pessoa, disse que o resultado também deve ser reflexo do crescimento da economia, principalmente entre 2004 e 2008.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que, desde janeiro de 2003, já foram criados 12,14 milhões de empregos com carteira assinada. Na avaliação do ministro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá acumular, nos dois mandatos, entre 14 milhões e 15 milhões de vagas formais. “Isso representa mais de 50% do estoque de empregos formais existentes em 2002”, disse Lupi.

Na avaliação do deputado Maurício Rands (PT-PE), os doze milhões de empregos já criados no governo Lula “atendem principalmente às aspirações do emprego formal, o que dá segurança”. Segundo Rands, o recorde de vagas para o mês de março é um feito notável e ocorre de forma descentralizada, com destaque para regiões menos desenvolvidas. “Essas regiões, como o Nordeste, estão tendo ampliação mais substancial do emprego, o que tem reflexo na economia. Em Pernambuco, por exemplo a produção industrial teve crescimento de 11%. Isso reflete o acerto da política econômica do governo Lula e aliados que precisa ter continuidade”, afirmou o deputado.

Novas profissões – Na última quinta-feira, o ministro divulgou a nova Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Foram incluídas 47 novas profissões no documento. Entre elas, estão as de engenheiro de alimentos, chefe de cozinha e médico da estratégia de saúde da família.

A CBO é usada pelas empresas para o preenchimento da carteira de trabalho e para efeitos de Imposto de Renda da Pessoa Física. Além disso, é utilizado em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registros de mortes e doenças do trabalho pelo Ministério da Saúde e em outras políticas públicas, como seguro-desemprego, qualificação profissional e aprendizagem. “Essas ocupações passam a ser reconhecidas oficialmente pelo governo, apesar de não serem legalizadas ou regulamentadas por lei. A classificação permite até que os trabalhadores passem a se organizar mais para conquistar a legalização”, disse Lupi.

Equipe Informes, com agências

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