Emiliano José defende Comissão Nacional da Verdade

28-10-emiliano-D2Quem viveu na pele a tortura e repressão imposta pela ditadura militar sabe a gravidade dos crimes cometidos pelos soldados torturadores na época. É esse o sentimento do deputado Emiliano José (PT-BA), que foi preso por quatro anos e torturado com choque elétrico, pau-de-arara e afogamento pelo regime.

Quanto à Comissão Nacional da Verdade e ao Plano Nacional dos Direitos Humanos, assunto que está repercutindo na mídia brasileira, o parlamentar se mostra totalmente a favor, já que é uma forma de julgar os torturadores.

Recentemente, Emiliano vem defendendo o tema em artigos de jornais, palestras e eventos. “A mídia dominante está totalmente contra o Plano e a Comissão. Na Argentina e em outros países da América do Sul alguns generais já foram presos e o Plano vigora. Pinochet foi detido em Londres e depois julgado em seu país.

Mas o torturador brasileiro Carlos Alberto Brilhante Ustra e muitos outros estão soltos, e os jornais não tratam disso. A mídia no Brasil é um escândalo ético”, afirmou Emiliano.

O deputado acha incorreta a atitude do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de se opor à Comissão da Verdade e defende a posição do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi. “O que se quer é apenas apurar os crimes dos torturadores. Está muito longe de uma proposta de rever a lei de anistia. Tortura é crime imprescritível. E será o Judiciário que fará o julgamento.

Não haverá qualquer possibilidade de revanchismo. Ninguém será condenado sem direito à defesa. E ninguém será morto ou torturado ou desaparecido, como era comum sob a ditadura”.

Para Emiliano, as Forças Armadas sairão fortalecidas disso, ao contrário do que é pensado pelo ministro Jobim. “Os militares de hoje não têm suas mãos sujas de sangue. E ao avaliar os crimes cometidos por alguns, essa Comissão
Nacional da Verdade irá assegurar respeito às Forças Armadas, e não o contrário”, acredita.
Assessoria Parlamentar

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