Emiliano critica mídia por distorções e espetacularização de julgamento no STF

EmilianoTribunaO deputado Emiliano José (PT-BA) criticou, em plenário, o comportamento de setores da mídia na abordagem do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal,  da Ação Penal 470, cunhada pelas redações como “mensalão”.  Ele questionou a “velha mídia” por ditar uma “sentença prévia” e querer pressionar o STF a aceitar esse veredicto, como se tivesse legitimidade para isto.

Emiliano reprovou a espetacularização do noticiário sobre o julgamento. “A  espetacularização, vai bem, obrigado. Só não parece emocionar tanto o público, que não parece caminhar na agenda que se tenta impor a ele. A velha mídia não é a opinião pública e nos últimos anos, no Brasil, tem sofrido uma derrota atrás da outra. Fosse vitoriosa, e Lula não seria eleito em 2002 nem em 2006, e Dilma não encarnaria de modo tão vitorioso o terceiro mandato de nosso projeto”.

Além disso, observou o julgamento traz à tona a questão do que é conhecido como opinião pública. “Há os que se acreditam intérpretes da opinião pública, ou que se acreditam a encarnação dela própria, como é o caso da nossa velha mídia, que se arvorou, desde sempre, a condenar por antecipação todos os réus desse processo”, disse Emiliano.

AUSÊNCIA DE PROVAS – O parlamentar observou que o julgamento no STF mostrou que a mídia conservadora assumiu de vez o papel de verdadeira oposição no Brasil, como já disseram representantes da própria imprensa. “E ao se colocar claramente contra todos os réus, ao dar como verdadeiras as imputações do Procurador Geral, mesmo na ausência de provas, acredita caminhar na direção não só da condenação dos réus como, também, acredita contribuir decisivamente para desgastar o PT e o projeto político que o partido lidera no Brasil desde 2003, quando o presidente Lula assumiu. A velha mídia quer a condenação do PT e quer, por tabela, o desgaste de Luiz Inácio Lula da Silva. “

Emiliano José sublinhou que as chefias de redação da velha mídia, sob orientação conservadora de seus patrões, “decidiram um viés de cobertura, muito antes mesmo do início do julgamento, destinado a pressionar o STF a atender o que chamou de  “clamor das ruas”, do que ela chama opinião pública. “O máximo que o chamamento à mobilização dela produziu foi uma manifestação de 60 pessoas, se muito, no Rio de Janeiro”, ironizou o parlamentar petista.

Ele frisou que não se deve confundir opinião pública com o que a midia conservadora veicula. “  A opinião publicada, nunca a opinião das ruas. O barulho das primeiras páginas, das televisões, das emissoras de rádio – nunca das ruas, que não estão interessadas no julgamento propriamente, e nem digo se esse desinteresse é bom ou ruim. As ruas não estão interessadas. Simples assim”.

Como lembrou  o deputado, o jornal Correio Braziliense reconheceu, dia seguinte ao início do julgamento, que  faltou quórum na praça, ao constatar que o maior ato do dia, com militantes do PSDB, do DEM e do PPS, “reuniu a multidão de 15, isso mesmo, 15 manifestantes”.  “ A chamada opinião publica não atendeu ao chamado da mídia, que se considera, como já disse, enganosamente, como a própria opinião pública”,  comentou Emiliano. O jornal Valor Econômico constata, também, que nas ruas o chamado mensalão é ignorado pela população.

SAIA JUSTA – O caso evidencia a parcialidade da velha mídia e tem provocado saia justa entre os jornalistas, como recordou o parlamentar.  O ministro Joaquim Barbosa,do STF, por exemplo,  depois de explicar alguns aspectos do atual processo, de súbito perguntou aos repórteres: “E sobre o outro, vocês não vão perguntar nada?”.  Ele se referia ao chamado “mensalão mineiro”, esquema ocorrido durante o governo Fernando Henrique Cardoso para a arrecadação ilegal de recursos, via empresas estatais,  para financiamento de campanhas políticas.

 “Talvez fosse o caso de Fernando Henrique também opinar sobre a ação dos mineiros, ele que vem deitando falação para que haja punições na Ação Penal 470. Diria o que disse?”, perguntou Emiliano.

O parlamentar disse que há jornalistas que vão no contrafluxo da posição predominante dos barões da midia. É o caso, por exemplo, de Jânio de Freitas, que chegou a dizer, num de seus artigos recentes, denominado “O julgamento da imprensa”, que “o julgamento do mensalão pelo STF é desnecessário”. E explica: “Entre a insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus saberes”.

O jornalista Paulo Moreira Leite foi outro a se insurgir contra a tendência dominante da imprensa brasileira. “Arrisca a tomar posição, e dizer que é fundamental uma reforma política que implique em mudança nas regras de campanha, que ao menos controle a interferência da economia sobre a política. Mostra que o julgamento começa sob o ambiente enviesado de uma opinião publicada, com o pressuposto de que os réus são culpados”, contou Emiliano José.

Equipe PT na Câmara

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