O 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, em tempos de pandemia do coronavírus que assola o País, vai exigir muito mais força, resistência e luta do trabalhador brasileiro para manter direitos conquistados e barrar os ataques violentos praticados pelo governo Bolsonaro à classe trabalhadora. Esse é o entendimento do líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara, deputado Enio Verri (PR), partilhada também pelos parlamentares Bohn Gass (PT-RS), Margarida Salomão (PT-MG) e Carlos Veras (PT-PE).
Enio Verri enfatizou que esse 1º de Maio tem a marca distinta da Covid-19, e que essa pandemia carrega um viés de classe social. Segundo ele, essa comprovação se dá quando se percebe que estão sujeitas a contaminação pessoas que moram em bairros pobres e favelas, pessoas que são obrigadas a trabalhar porque não podem parar por questão de necessidade pública extrema.
“Portanto, os trabalhadores e os mais pobres são os mais afetados. Então, o 1º de Maio – nesse momento – tem que ser mais incisivo, mais forte e provar que são os trabalhadores deste País e do mundo que produzem a riqueza. Viva o 1º de maio, viva a classe trabalhadora”, saudou Enio Verri.
O líder petista se mostrou orgulhoso ao se lembrar do simbolismo que a data revela para a classe trabalhadora e para o PT. “A luta do partido sempre foi por justiça e igualdade social”, completou.
O deputado Bohn Gass destacou que este 1º de Maio será diferente porque, em virtude do isolamento social necessário para combater a pandemia, os trabalhadores irão se manifestar em atos virtuais contra as ações e medidas nefastas deste governo que tanto desrespeita a classe trabalhadora brasileira.
Na avaliação do deputado do PT gaúcho, Bolsonaro não tem compromisso com os trabalhadores. Ele lembrou que o Brasil tem um governo que sequer tem um Ministério do Trabalho. “É um governo que promove apagão nos dados de emprego e desemprego porque interessa a eles não ter essa informação. É um governo que congela salário de trabalhador e reduz direitos da classe trabalhadora ao rasgar a CLT”, criticou Bohn Gass, se referindo a algumas maldades praticadas por Bolsonaro contra o trabalhador.
“Infelizmente não temos nada para comemorar. Precisamos é de muito luta para defender o que o trabalhador tem de mais nobre: a sua força de trabalho”, afirmou Bohn Gass. Ele enfatizou que nada na economia funciona sem o trabalho. E a pandemia agora está mostrando que, se o operário não trabalhar a máquina não funciona. “Ou seja, o grande motivador da economia, quem dá gás, energia, combustível para o desenvolvimento econômico é o trabalhador”, afirmou.
Direito do trabalho
A deputada Margarida Salomão também é da mesma opinião de que não há motivo para comemorar nesse 1º de Maio. “Nada a comemorar, mas todas as razões para lutar”, reafirmou a deputada.
Para Margarida, os trabalhadores brasileiros enfrentam um governo “genocida” que despreza profundamente as pessoas e seus direitos, particularmente, o direito do trabalhador. “Então, neste momento em que precisamos praticar o isolamento social como forma de enfrentar a pandemia, estamos desafiados a desenvolver novas formas de luta para dizer basta, para dizer não toleramos mais, para dizer que queremos nossos direitos e fora, Bolsonaro”, frisou a deputada.
Guerreiros contra o coronavírus
Já o deputado Carlos Veras aproveitou a data comemorativa para homenagear os profissionais de saúde que estão fazendo a diferença na luta contra a pandemia. “Neste 1º de Maio quero prestar homenagem aos profissionais que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus. São guerreiros que arriscam a própria vida para cuidar da vida do povo brasileiro”, destacou.
O deputado pernambucano lamentou o descaso do governo Bolsonaro com aqueles que constroem o País. “Infelizmente, em razão do ataque do governo Bolsonaro contra a classe trabalhadora, não temos nada a comemorar. Os trabalhadores convivem com a elevação de jornada de trabalho, redução dos salários, exposição ao risco de vida e altos índices de desemprego. Bolsosonaro não se solidariza com o sofrimento do povo trabalhador”, criticou Veras.
Benildes Rodrigues