Em evento na CNI, Lula defende união nacional e integração sul-americana

Presidente Lula durante evento da CartaCapital Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Lula compareceu à sede da Conferência Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, nesta quarta-feira (14), para participar do evento Diálogos Capitais: Um Projeto de Brasil, organizado pela CartaCapital por ocasião das comemorações dos 30 anos da revista. Bem humorado e otimista com o futuro, Lula assegurou a empresários que o país está se encaminhando para ocupar posição privilegiada no cenário internacional e defendeu a integração do continente sul-americano. Ele também elogiou o progresso econômico chinês nas últimas décadas.

O petista disse ser um político de sorte e estar, aos 78 anos, completamente comprometido com as questões nacionais. “O Brasil vai terminar o meu mandato numa situação altamente privilegiada, como foi em 2010. A economia crescendo, a inflação baixando, os juros caindo, o desemprego caindo, a massa salarial aumentando, os investimentos na indústria crescendo, o investimento no comércio crescendo”, afirmou.

Lula enfatizou a necessidade de a América do Sul se integrar plenamente em favor do bem estar da população de todo o continente e lembrou dos avanços alcançados pela União Europeia (UE) nesse sentido. “A gente era um país que levantava de manhã, olhava pro mapa mundi e só via Europa, só via os Estados Unidos, não via nem a China […] O nosso futuro está aqui próximo de nós”, pontuou Lula.

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“Nós não vamos perder uma oportunidade de fazer com que o país vire, de verdade, um protagonista internacional no mundo da política, no mundo dos negócios, no mundo crescimento econômico. Esse é o lugar que está reservado ao Brasil”, prosseguiu.

Republicanismo e civilidade

O presidente também pregou a união nacional e reiterou que trabalha em benefício do conjunto da população brasileira. “A integração com a América do Sul, tema escolhido para esta mesa, é imprescindível para a inserção internacional do Brasil. Mas antes de tudo, é preciso consolidar a integração nacional: promover o encontro do Brasil consigo mesmo. É o que estamos buscando desde o início do meu governo”, ponderou.

“É preciso demolir a muralha da intolerância erguida pela propagação do ódio que tentou dividir o país em duas metades que não se comunicam”, completou o petista.

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Lula mencionou ainda o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, do governo federal, que elege os projetos de infraestrutura mais relevantes elaborados pelas prefeituras e pelos governos estaduais, sem qualquer distinção partidária. “Nunca perguntei a que partido pertence o governador ou o prefeito. Divergências políticas e ideológicas não têm a menor importância quando se trata de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros.”

Mino Carta

Ao iniciar a fala, o presidente teceu elogios ao jornalista e empresário ítalo-brasileiro Demetrio Carta, mais conhecido como Mino Carta, fundador da revista CartaCapital. Lula se referiu a ele como “o mais criativo” profissional da comunicação no Brasil.

“O Mino Carta é, indubitavelmente, o mais importante jornalista vivo desse país […] Ele foi um cara que fez Quatro Rodas, foi um cara que participou da construção da Realidade, foi um cara que fez a revista Veja, foi um cara que fez a IstoÉ, foi um cara que fez o Jornal da Tarde, foi um cara que fez o Jornal da República e foi um cara que, depois que tiraram tudo, ele ainda fez a CartaCapital”, enumerou.

Nascido em 6 de setembro de 1933, em Gênova, na Itália, Mino Carta desembarcou na capital paulista em 1946. Chegou a cursar Direito na Universidade de São Paulo (USP), mas não se formou. Ferrenho crítico do ex-juiz da Lava Jato e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), o fundador da Carta Capital chegou a qualificar o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) como o “pior golpe que o Brasil sofreu”.

Aos 90 anos, o jornalista gravou um vídeo, que foi veiculado durante o evento na CNI. “São 30 anos que me levam a um sentimento de honra, de plenitude”, orgulha-se.

PTNacional, com Canal Gov

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