Em ato contra Eduardo Cunha, deputados questionam legitimidade de processo que tenta golpear presidente Dilma

Manifestacao

 

O grito “fora Cunha” ecoou e movimentou o cenário político na entrada da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (13). O ato, que pediu a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da Presidência da Câmara e da condução do processo contra a presidenta da República, foi convocado por setores da sociedade organizada e contou com a adesão de servidores da Casa e parlamentares que criticaram duramente a forma coercitiva com que o peemedebista vem conduzindo os trabalhos de uma das Casas do Congresso Nacional. No ato, vários deputados condenaram o político, um dos comandantes do golpe, ao lado do vice-presidente Michel Temer.

Confira o que disseram os deputados:

Edmilson Rodrigues (Psol-PA) – “Envergonha este País que o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha tido coragem, se acovarda e tenha medo de colocar em pauta o julgamento de um camarada que, não é de hoje, tem sido denunciado por graves crimes contra a Nação”.

Helder Salomão (PT-ES) – “O presidente desta Casa foi processado, denunciado e hoje é réu no Supremo Tribunal Federal e é ele quem preside o processo de impeachment. Isso é uma aberração, é um absurdo. É um golpe”.

Leo de Brito (PT-AC) – “O processo de impeachment é um ato de vingança de Cunha porque votamos contra ele no Conselho de Ética. Não podemos admitir que um réu no STF seja o comandante nesse processo. Não podemos legitimar um processo que tem ele no comando e que tem um vice-presidente da República que vai entrar para a história como um golpista”.

Pepe Vargas (PT-RS) – “É um absurdo vivermos uma situação onde a presidenta da República, que não responde a nenhum processo judicial, não é ré e não é indiciada, esteja sob risco de ser deposta num processo conduzido por um deputado que mentiu na CPI, que tem conta no exterior, que movimenta recursos de propina da Petrobras nessas contas. É inadmissível que Eduardo Cunha conduza esse processo”.

Luizianne Lins (PT-CE) – “O presidente da Câmara, apesar de todas as denúncias contra ele, ainda está conduzindo o processo de impeachment que é imoral e ilegal”.

Waldenor Pereira (PT-BA) – “O Eduardo Cunha é réu em várias ilicitudes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, recebimento de propina, entre outros crimes. Ele já foi indiciado pelo Ministério Público Federal e se tornou réu por unanimidade pelos ministros do STF. Essa contradição que vivemos nessa quadra da vida politica brasileira não podemos aceitar”.

Margarida Salomão (PT-MG) – “É inadmissível termos uma pessoa desqualificada como o Eduardo Cunha presidindo, à velocidade da luz, o impedimento de Dilma Rousseff”.

Assessoria Parlamentar
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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